sábado, 20 de abril de 2013

Câncer de Boca


Em 2010, o Instituto Nacional de Câncer – INCA estima que ocorreram 14.120 novos casos de câncer de boca (10.330 casos entre homens e 3.790 casos entre mulheres). Conforme dados de 2007, as mortes por câncer de boca foram 4.814 entre homens e 1.250 entre mulheres, perfazendo um total de 6.064 mortes.




No Estado de São Paulo, a estimativa em 2010 é de que ocorreram 4.120 casos, sendo 1.240 casos, somente na capital. O Estado de São Paulo tem a maior incidência dentre todos os Estados do Brasil.

Segundo estatísticas do Instituto Nacional de Câncer, a incidência de câncer de boca ocupa o quinto lugar entre o sexo masculino e sétimo entre o sexo feminino.

A maioria dos casos é diagnosticada tardiamente. O câncer de boca tem cura, principalmente quando tratado no início.


Qual a causa?

Os principais fatores que podem levar ao aparecimento do câncer de boca são: o vício de fumar e consumir bebidas alcoólicas em excesso. Quando o fumo e álcool estão associados, o risco de desenvolver a doença aumenta mais de 100 vezes. No caso de câncer de lábios, a exposição ao sol é o principal fator, seguido do fumo.


Como aparece?





O câncer de boca aparece geralmente como uma única úlcera (ferida) que no início não dói e não tem tendência a cicatrizar. Cresce continuamente.
O câncer de boca também pode se apresentar como alteração de cor (manchas brancas, vermelhas e/ou pretas) e aumento de volume (“caroços”,”carnes crescidas”, “bolinhas”).

Ferida na boca que não cicatriza em 21 dias deve ser avaliada pelo cirurgião dentista.
Como é feito o diagnóstico?



A principal forma de se detectar precocemente o câncer bucal é pelo auto-exame da boca. Quando qualquer alteração for encontrada, deve-se procurar o cirurgião dentista que irá avaliar a necessidade de realização de uma biópsia (remoção de um pequeno fragmento para exame microscópico para confirmação, ou não, do diagnóstico).

Como é o tratamento?

Após o diagnóstico realizado pelo cirurgião dentista. O paciente será encaminhado para o tratamento oncológico, que é feito basicamente por meio de cirurgia, associada ou não a radioterapia e quimioterapia.

O câncer bucal tem cura?

Sim. Se diagnosticado no início e tratado de maneira adequada, o câncer pode ser curado na maioria dos casos. No Brasil, metade deles é diagnosticada tardiamente. A melhor maneira de reverter essa situação é com a informação e auto-exame de boca.

Como prevenir?

. deixe de fumar
.evite bebidas alcoólicas

. proteja-se dos raios de sol (boné, chapéu, protetor solar, etc.)

. elimine fatores traumáticos na boca (prótese mal adaptada, dentes tortos, cáries, restos dentários)
. alimente-se de maneira saudável
.execute o auto-exame periodicamente
. procure o cirurgião dentista se encontra qualquer alteração em sua boca

Auto- exame da boca



Procure um espelho em local bem iluminado e verifique:
. lábios
. língua (principalmente as bordas)
. assoalho (região embaixo da língua)
. gengivas
. mucosa jugal (bochecha)
. palato (céu da boca)
. tonsila ou amígdala

Fonte: Folder do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo
Fotos: Google.com

sexta-feira, 12 de abril de 2013

No Dia Internacional do Beijo Vale a Pena Uma Reflexão


Milhares de jovens contabilizam nas baladas um número cada vez maior de “FICANTES”. Segundo os jovens é legal ficar com muitos (as), o interessante é beijar várias pessoas numa mesma noite. Sem qualquer preconceito ou falsa moralidade, ouso afirmar que infelizmente a conquista e o envolvimento emocional acabaram comprometendo assim a saúde psíquica desses jovens que dificilmente conseguem estabelecer ou manter vínculos afetivos. Outro fator extremamente preocupante é a disseminação de patologias transmitidas pela saliva e consequentemente pelo beijo.


Primeiramente o jovem pouco se importa, ou pouco sabe sobre os hábitos de higiene ou condições de saúde ou doença daqueles a quem beija, se possuem focos infecciosos, lesões de mucosas, cáries ou qualquer outra doença bucal ou sistêmica.

Moças e rapazes bem vestidos, preocupados com a estética, corpos sarados, pertencentes a uma geração de culto ao corpo, mas que pouco sabem sobre saúde ou aos riscos que correm diariamente nas famosas baladas.

Abaixo citaremos alguns deles:

Cárie dental: Segundo a OMS a cárie é considerada doença infectocontagiosa, portanto para esclarecimento geral, cárie se “pega” e todo mundo sabe o quanto é dolorosa e quando não tratada pode levar a perda do elemento dental e o comprometimento estético, mastigatório, respiratório e fonoaudiológico.

Gengivites: Caracterizada por inflamação e infecção gengival, apresentando-se a gengiva extremamente vermelha, inchada e sangrante. É causada por bactérias, conferindo mal hálito. Imaginem beijar alguém nessas condições e correr o risco de se contaminar com essas bactérias.

Herpes Labial: Durante a infecção pelo herpes labial, o beijo é um meio de transmissão do vírus. O Herpes caracteriza-se por vesículas (bolinhas) que se unem formando uma crosta (ferida) geralmente na região dos lábios. Portanto beijar alguém que possua feridinhas na boca é um grande risco.

Mononucleose: Acomete mais frequentemente adolescentes e adultos jovens. É uma doença viral. A infecção é adquirida pelo contato com saliva contaminada. É uma síndrome clínica caracterizada por febre, presença de gânglios, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta e inflamação do fígado. É conhecida como Doença do Beijo.


Hepatite B: É uma doença séria, que pode tornar-se crônica e levar à cirrose ou câncer hepático no futuro, adquirida através do contato com secreções corporais contaminadas, ou seja, sangue, saliva e sêmen. Seu vírus é muito mais resistente e infectante do que o Vírus da AIDS.

Gripe: Quem já teve uma gripe sabe dos transtornos, além de ficar acamado e perder a balada do final de semana seguinte. É obvio que a gripe pode ser adquirida no ar, mas beijar alguém gripado aumenta em muito o risco de se contaminar.
Amigdalite bacteriana: Conhecida como a famosa dor de garganta, pode ser transmitida pelo beijo. Caracteriza-se por febre alta, prostração, mal estar, dificuldade de engolir. Quando a amigdalite se dá por infecção de uma bactéria chamada Streptococos, poderá evoluir para febre reumática, levando, em casos extremos, ao comprometimento cardíaco.

Meningite: De acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2006 no British Medical Journal, beijar na boca várias pessoas aumenta em quatro vezes o risco de adolescentes contraírem meningite, uma infecção cerebral potencialmente fatal.

AIDS: Há risco de transmissão do vírus HIV, causador da AIDS, caso existam feridas ou sangramento na boca. O risco de transmissão do HIV através do beijo na boca é maior em pessoas com body-piercing na língua ou lábios. Um beijo mais ardente pode provocar sangramento na região do body-piercing, havendo o risco de infecção do vírus HIV se o sangue entrar em contato com uma lesão bucal, corte ou cárie.


Cumpre-nos salientar que o risco dessas infecções é aumentado em pessoas portadoras de body-piercing labial ou lingual que representam uma porta de entrada para microrganismos.
Portanto, antes de beijar muitos (as) pense se não é muito mais interessante beijar uma pessoa só, alguém por quem se nutre carinho e afeição; mesmo assim tem-se que tomar cuidado e saber as condições de saúde dessa pessoa. Imaginem beijar muitos, às vezes alguém que nem se conhece, sem vínculos de afeto e onde o risco de se adquirir alguma doença se multiplica.


sábado, 6 de abril de 2013

Uso de Dentifrício com Flúor para Crianças

 


CREMES DENTAIS COM POUCO FLÚOR INDICADOS PARA CRIANÇAS SÃO INEFICIENTES
Alguns anos atrás, o mercado lançou cremes dentais com baixa concentração de flúor, indicados para crianças, a fim de evitar o acúmulo de flúor no organismo dos pequenos, o que causa a fluorose, aquelas manchinhas brancas nos dentes.

Recentemente, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que os cremes dentais com baixa concentração de flúor não são tão eficientes contra as cáries, além de não evitar a Fluorose.

A tese de mestrado desenvolvida por Regiane Cristina do Amaral estudou 14 voluntários que usaram um aparelho com fragmentos de dente de leite e fizeram uso de cremes dentais com maior e menor concentração de flúor, além de consumirem diferentes taxas de açúcar por dia. O resultado da pesquisa foi que quanto maior a exposição ao açúcar, menor o efeito protetor do creme com pouco flúor.

O presidente da ABO - Sociedade Brasileira de Odontopediatria, Dr. Paulo Rédua, defende a mesma ideia da pesquisa de que mesmo crianças pequenas devem usar pasta com flúor. “Existe uma interpretação errada quando se fala que creme dental causa fluorose. O que causa fluorose é excesso de flúor ingerido pela criança sem controle dos pais. Creme dental é para ser usado na quantidade certa, sob recomendação do odontopediatra e sob supervisão de adulto”, ensina o especialista.

A ABO, assim como o Ministério da Saúde, recomenda o uso de creme dental convencional com flúor a partir da erupção dos primeiros molares decíduos (em torno de 14 meses), na quantidade equivalente a um grão de arroz, sob supervisão dos pais, entre uma a três vezes por dia, dependendo da disponibilidade dos pais. Antes desta idade, com a presença apenas dos dentes anteriores, a recomendação é que a limpeza seja feita com fralda ou gaze umedecida em água pura.





















Existe no mercado alguns cremes dentais que, ao invés de flúor, utilizam produtos como a clorexidina, o xilitol e a malva. Segundo o Dr. Paulo Rédua, o creme dental com xilitol tem capacidade de tratar e prevenir a cárie, mas tem um custo mais alto e precisa de mais pesquisas. A malva tem ação antiinflamatória e antimicrobiana, mas também carece de mais estudos. Já a clorexidina é indicado para casos específicos de risco de cárie, porém, esse produto pode causar o aparecimento de manchas externas nos dentes.

A recomendação da Associação Brasileira de Odontopediatria é que os pais procurem orientação de um odontopediatra para o profissional avaliar as necessidades individuais da criança e determinar o tratamento curativo ou preventivo.




O uso de enxaguante bucal


As crianças devem passar longe dos enxaguantes bucais dos adultos. Existem produtos que são especialmente desenvolvido para crianças, já que o dos adultos contém uma alta concentração de flúor e outros produtos que não devem ser ingeridos pelos pequenos.
É só a partir dos três anos de idade que a criança começa a aprender como cuspir. Porém, os pais não devem se atentar apenas à idade para decidir introduzir o uso dos enxaguantes bucais. As habilidades e coordenação da criança devem ser levadas em conta, já que algumas têm maior dificuldade para cuspir o líquido. Muitas vezes eles engolem propositalmente os enxaguantes que costumam ter gostos artificiais que seduzem os pequenos.

Caso haja a necessidade do uso de bochechos para crianças pequenas, os odontopediatras sugerem os produtos infantis aplicados com cotonete sobre a superfície dos dentes, assim, não há o risco de ingerir todo o líquido colocado na boca.




O agente Cool Blue é um enxaguante que serve para identificar a placa bacteriana. A substância que cora a placa está contida no enxaguatório de forma bem diluída, por isso colore a placa bem levemente, diferentemente da solução evidenciadora de placa bacteriana, utilizada profissionalmente no consultório do dentista, essa última é altamente concentrada, colorindo, identificando e dando um contraste bem maior na presença da placa bacteriana.