sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Cárie em Bebês





A cárie de mamadeira é uma doença que acomete os bebês e está relacionada principalmente à ingestão de líquidos açucarados durante a noite. Ou seja, aquela história de que não devemos dormir sem escovar os dentes também vale para os bebês.

Depois da mamada, o leite fica estagnado na boca da criança. Além disso, a salivação da criança diminui durante o sono. Esses fatores, associados a uma má higiene da boca, fazem com que a cárie se desenvolva muito rapidamente, causando grandes estragos nos dentes das crianças.

O melhor tratamento para as cáries de mamadeira é a prevenção, tendo em vista a dificuldade de tratar crianças em idades inferiores a 4 anos.

 A prevenção deve ser feita através da higienização da boca da criança desde o nascimento do primeiro dentinho. A higienização deve ser feita com o uso de gazes (preferencialmente estéreis) e água (filtrada ou mineral).
Sempre após a amamentação deve-se fazer a limpeza da boca da criança com a gaze úmida. O acompanhamento pelo dentista pediatra também ajuda a prevenir tais patologias , e este deve ser feito o mais cedo o possível.

 

Após a cárie de mamadeira ter se instalado, ela geralmente apresenta um curso acelerado e doloroso para a criança. A rapidez com que este tipo de cárie se instala e progride é resultado da não higienização da boca da criança e do surgimento dos primeiros dentes, que acabam alterando física, química e bioquimicamente o meio bucal.

 
Com o surgimento dos dentes as bactérias que têm capacidade de aderência ao esmalte dental, começam a proliferar; a mudança dos microorganismos presentes na cavidade oral e a maior dificuldade de limpeza por parte dos mecanismos naturais de limpeza (língua, saliva, etc) devido a erupção dos dentes; e outros fatores levam a uma série de reações (dentre elas mudança do PH oral), que contribuem para que esta doença se manifeste de forma tão agressiva.

Os mecanismos desta doença são complexos. Com relação ao tratamento, existe e tem que ser feito o quanto antes, para alívio do sofrimento da criança, antes que esta comece a emagrecer, desanimar, chorar ( sem motivo aparente), etc..

 

O primeiro passo é procurar um dentista (odontopediatra ou clínico que esteja habituado a lidar com crianças).
O dentista vai examinar o caso e se constatado que se trata realmente desta patologia, ele dará seqüência com o procedimento mais adequado, que pode variar desde a adequação do meio e posterior restauração (diminuindo a carga de contaminantes, aumentando o PH intra-oral, tirando a criança da fase aguda da doença, diminuindo a sensibilidade dolorosa, etc.). Nesta etapa é feita a aplicação de substâncias como flúor, clorexidina e outras e da restauração provisória dos dentes com material do tipo ionômero de vidro (pela sua facilidade de execução e capacidade de receber recarga e liberar flúor).

O tratamento é complexo e demorado, no entanto a parte mais difícil é com relação à própria criança (que geralmente não colabora, devido à idade) e à sintomatologia que a criança esta passando, pois se é difícil para o dentista fazer o tratamento em uma criança saudável, imagine em uma criança que está com dor.

Por isso devemos procurar um bom profissional, que esteja qualificado para dar seqüência ao tratamento. Em casos extremos de não aceitação por parte da criança, podemos levá-la a um centro cirúrgico e fazer o tratamento sob anestesia geral.


 
O primeiro passo é ficarmos calmos e levarmos a criança o mais rápido possível para o dentista. Pois a demora pode levar a criança a quadro de abcessos e infecções graves que podem levar o paciente a óbito, se não corretamente tratados.

 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Halitose


Vamos falar sobre um assunto que causa muitos constrangimentos na convivência social e por isso mesmo é muito difícil de ser tocado.
Primeiro devemos que saber que pessoas que são portadoras de Halitose nem sempre sabem que são!!!!!

Isso ocorre porque o olfato é suscetível à grande adaptação.

Quando somos colocados à exposição de um cheiro muito forte podemos ter a sensação de ser muito intenso, mas dentro de poucos minutos esse cheiro não é mais percebido.

Sendo assim as pessoas são incapazes de avaliar sua própria halitose.

Segundo precisamos saber o que é Halitose!!!!

A Halitose é o nome científico do mau-hálito, é uma anormalidade do hálito, onde há liberação de substâncias de odor desagradável. É também sintoma de problemas de origem local, geral, sistêmica e/ou emocional, portanto é um sinalizador de que algo não está bem em nosso organismo.

O hálito é todo o ar expelido pelos pulmões e que pode sair pela boca ou por outras cavidades aéreas como nariz, seios paranasais e faringe. Isto é importante, pois a halitose embora tenha sua origem em cerca de 90% dos casos na cavidade bucal, esta pode ter outra origem e somente seu dentista poderá avaliar cada caso em particular.

O normal é o hálito humano ser inodoro ou ligeiramente perceptível pelas pessoas a uma distância social.

Existe uma halitose fisiológica que ocorre pela manhã. Ela ocorre porque durante nosso sono a produção de saliva esta reduzida a níveis mínimos, o que gera o acúmulo de células descamadas da mucosa bucal que não sofreram o processo natural de lavagem. Estas irão sofrer o processo de putrefação, causando o odor desagradável.

Há também o fato de permanecermos um longo período sem a ingestão de alimentos o que diminui os níveis de glicose no sangue e deixa o hálito com odor cetônico.

Outra forma fisiológica da halitose é o odor causado pela ingestão de algum item específico da dieta como álcool, cebola e alho. Esta condição é transitória  e geralmente bem controlada com uma boa higiene bucal diferente da Halitose patológica que é muito mais intensa e persiste. 

Alguns cuidados para se evitar a halitose são:

1. manter as gengivas saudáveis, pois alterações gengivais são causa comum de halitose,   

2. fazer a limpeza da língua, imprescindível para a remoção de células mortas descamadas,

3. fazer limpeza profissional pelo menos 1 x ao ano, para manter a saúde e detectar de maneira precoce alterações bucais.

Importante salientar que os enxaguatórios bucais não tratam a Halitose .

Eles apenas irão mascarar o odor por poucos minutos.

O correto é o uso do fio, escova e pasta dental, raspadores linguais e somente após a higiene completa utilizar os enxaguatório  como complemento .

Hoje podemos contar também com exames diagnósticos que nos direcionam inclusive para o tratamento adequado para cada caso .

O perfil de halitose, como é denominado este exame está disponível na INDOR e é realizado pelo Centro de Diagnóstico de Halitose - Halicenter.

sábado, 18 de agosto de 2012

Levantamento de Seio Maxilar

A osseointegração dos implantes dentários é altamente previsível quando as estruturas ósseas reunem condições de volume e densidade adequadas para instalação destes, sendo a alternativa mais aceita para reabilitar perdas dentárias, tanto funcionalmente como em relação à estética.



Na região posterior da maxila, a presença dos seios maxilares pneumatizados, a escassez de altura e espessura óssea devido à reabsorção do processo alveolar, a dificuldade de acesso e a grande carga mastigatória podem limitar o uso de implantes. Quando a altura óssea do rebordo residual na maxila posterior é insuficiente, vários procedimentos de elevação de membrana sinusal e enxertia óssea são recomendados com base na altura óssea residual.
A técnica de levantamento do seio maxilar é uma das técnicas mais utilizadas para o tratamento da maxila posterior atrófica, apresentando índices de sucesso superiores a 90%.


Apesar disso, algumas complicações como lacerações do tecido mole, hemosinus, fístula oroantral e infecções do seio maxilar podem ocorrer.
A mais frequente complicação é a laceração da membrana sinusal, podendo ocasionar interrupção da cirurgia ou até mesmo contaminação do enxerto, aumentando o trauma e a morbidade cirúrgica.
Perfurações pequenas são facilmente tratadas com membranas absorvíveis, as de médio porte podem ser tratadas com membranas ou suturadas. Perfurações amplas devem ser abortadas e realizadas em um segundo tempo cirúrgico. Esta complicação pode acontecer na osteotomia ou durante o descolamento da membrana.
São descritas na literatura diferentes técnicas para a osteotomia para janela lateral do seio maxilar; entre elas, a convencional, com fresas esféricas diamantadas, ultrassom piezoelétrico, laser e trefinas.

sábado, 11 de agosto de 2012

Periodontite Agressiva


Periodontite Agressiva


Embora apresente baixa incidência, o tratamento das periodontites agressivas tem sido muito discutido, principalmente, na utilização de terapias coadjuvantes. A dificuldade inicial, muitas vezes, esbarra no diagnóstico clínico. As periodontites agressivas localizadas são mais facilmente diagnosticadas pela exclusão de outras doenças periodontais. Já a agressiva generalizada, por apresentar mais do que 30% dos sítios acometidos, muitas vezes, pode dificultar o diagnóstico.
Embora não seja primordial, a idade do paciente também pode ajudar no diagnóstico. A extensão e a severidade da doença periodontal agressiva também são inversamente proporcionais a quantidade de biofilme dental bacteriano e cálculo (quando há).


A forma agressiva de periodontite é caracterizada pela perda rápida de inserção tecidual, associada a uma grande destruição do osso alveolar em sítios de pacientes com boa saúde sistêmica.
O diagnóstico é baseado em dados clínicos, radiográficos e do histórico do paciente e de seus parentes, pois uma susceptibilidade familiar à doença também é notada e deficiência na defesa do hospedeiro é apontada como um fator para a progressão da doença.


O periodontista deve estabelecer um plano de tratamento abrangente. A terapia básica de desinfecção deve ser rápida, com raspagem e alisamento radicular de toda boca em um período curto de tempo, associados à utilização de bochechos com clorexidina a 0,2% por um minuto, incluindo um gargarejo final para atingir as tonsilas.
A escovação da língua com gel de clorexidina a 1% deve ser recomendada e a irrigação das bolsas subgengivais, com o mesmo gel, implementada. Devido à necessidade da remoção dos tecidos infectados e a dificuldade de acesso a defeitos profundos, angulares ou de furca, a abordagem cirúrgica é uma boa opção para o debridamento efetivo.

Um cuidado a ser tomado é ter a certeza de que o estado geral de saúde do paciente é bom. O uso de antibióticos sistêmicos é recomendado e a associação de metronidazol e amoxilina apresenta bons efeitos.

A literatura mostra maiores perdas ósseas em torno dos implantes de pacientes tratados de doença periodontal agressiva a longo prazo. A terapia periodontal pode controlar a doença, porém, não resolve os problemas relacionados ao sistema de defesa do paciente. Sítios dentários remanescentes podem servir como fonte de infecção para o tecido peri-implantar e, mesmo nos casos em que todos os dentes são removidos, patógenos podem permanecer nos tecidos orais e infectar sítios de implantes. Seria interessante manter tais pacientes em um programa de manutenção estrito, avisando-os da possibilidade aumentada de problemas peri-implantares.

Fonte : Revista Perionews    ( Dr.Marcos Motta de Freitas e Dr.Jamil Shibli )




segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Prótese Protocolo sobre Implantes



Em 1969, o médico ortopedista sueco Per-Ingvar Branemark, estudando as células dos ossos dos coelhos, observou a aderência total entre um cilindro de titânio e o osso vital. Depois de vários anos de estudo, ele comprovou que esse novo método realizado sob padrões determinados, poderia ter sucesso na reposição de perdas dentárias. Surgia assim a osseointegração, um novo sistema de ancoragem das próteses, que liga uma estrutura de titâneo ao osso.

A reabilitação de um paciente edentado total com a utilização de uma prótese total fixa sobre implantes na mandíbula foi a primeira modalidade de tratamento introduzida com o uso de implantes osseointegrados. Por esse motivo, essa é a que apresenta maior número de estudos longitudinais e com maior tempo de acompanhamento. O objetivo inicial a ser atingido na reabilitação protética com implantes era o de superar o desafio de manter as próteses totais inferiores mais estáveis, melhorando a qualidade de vida dos chamados inválidos orais, sendo portanto uma prótese na qual o aspecto funcional predominava.
Na época de sua criação, a confecção de uma prótese total sobre implantes seguindo o Protocolo de Branemark consistia em processo demorado, onde após a instalação dos implantes, seriam necessários seis meses até a cicatrização óssea, para só então se dar a instalação da prótese. Hoje, com a evolução da técnica protética, e com o desenvolvimento de implantes osseointegráveis mais seguros, pode-se realizar a implantação e logo em seguida iniciar-se o processo de confecção da prótese definitiva, possibilitando que a mesma esteja instalada em até 72 horas após a implantação. Essa evolução trouxe maior conforto aos pacientes. Além disso, os novos sistemas de implantes permitem que se faça uma prótese fixa total utilizando-se apenas 4 ou 5 implantes, o que ajuda a reduzir o custo do tratamento.        
Diferença significativa das próteses (total convencional e parafusada sobre implantes)

Devido a crescente exigência estética da população em geral, a evolução das resinas e porcelanas odontológicas se somou a importância da reabilitação funcional, tornando possível a confecção de próteses totais invisíveis e fixas, repondo não só os dentes, mas também parte da gengiva natural que perde volume devido ao processo de reabsorção óssea que segue a perda da dentição natural. Hoje uma pessoa que sofreu a perda de todos os dentes, pode ter de volta o prazer de mastigar e falar bem, e principalmente, a satisfação de sorrir.

Fonte: Telles, Daniel. Próteses totais convencionais e sobre implantes.

sábado, 4 de agosto de 2012

Síndrome de Eagle

Processo Estilóide do Osso Temporal
O processo estilóide é uma projeção óssea que se origina na porção timpânica do osso temporal. O aumento do processo estilóide ou a ossificação do ligamento estilohióideo pode originar uma série de sintomas como disfagia, odinofagia, dor facial, otalgia, cefaléia,dor facial,dor na garganta agravada pela deglutição e relacionada com dor no ouvido do lado do processo estilohióide prolongado; redução da salivação; náusea;e sensação do corpo estranho na garganta . Outras condições a serem consideradas no diagnóstico diferencial de dores são terceiros molares retidos ou impactados, desordens têmporo-mandibulares (DTM),nevralgias diversas (inclusive trigêmio) e síndrome da artéria carótida.
Importância e Região anatômica
Esse processo serve de ponto de partida para os ligamentos estilo-hióideos. Cada um de dois ligamentos, um de cada lado do corpo, que se estendem do osso temporal ao osso hióide. O processo estilóide é uma projeção óssea que se origina na porção auditiva do osso temporal.

Patologias associadas
O aumento desta ou a ossificação do ligamento estilohióideo pode originar uma série de sintomas como disfagia, odinofagia, dor facial, otalgia, cefaléia, zumbido e trismo. Este conjunto de sintomas associado à presença do processo estilóide alongado é conhecido como Síndrome de Eagle. O diagnóstico do Sindrome de Eagle, resultante do alongamento do processo estiloide, é difícil. A maioria dos clínicos gerais não tem experiência no seu diagnóstico e acaba por atribuir a outras causas os sintomas descritos. Exames radiológicos nem sempre são conclusivos, se não forem específicos para investigação desta doença. Não raras vezes, os doentes com Síndrome de Eagle são encaminhados ao Psiquiatra, por não se encontrar causa provável para os sintomas que descreve...

A síndrome de Eagle é caracterizada pela calcificação do ligamento do estilo-hióide que causa a limitação dos movimentos cervical e dores intensas na região. Origina-se na porção timpânica do osso temporal, ântero-medialmente ao processo mastóideo, situando-se entre as artérias carótidas interna e externa, servindo de inserção aos músculos: estilohióideo, estiloglosso e estilofaríngeo, e dando origem a dois ligamentos, estilomandibular e estilo-hióideo. Medialmente ao processo estilóide encontram-se os nervos cranianos glossofaríngeo, vago e acessório; já o nervo facial,situa-se lateralmente através da glândula parótida. A síndrome de Eagle é a mais importante causa de nevralgia secundária do glossofaríngeo. Ocorre principalmente na idade adulta e nas mulheres, sendo a dor seu sintoma principal; Raramente os sintomas são observados em indivíduos com menos de 30 anos. O diagnóstico é eminentemente radiográfico e médico; O tratamento nos casos menos severos é feito com analgésico. A doença pode ser tratada por cirurgiões-bucomaxilofaciais e os cirurgiões de cabeça e pescoço, pois na maioria dos casos os tratamentos clínicos não são eficientes e o tratamento cirúrgico pode causar as seqüelas indesejáveis.
Geralmente, confundida com outras disfunções tais como: alterações das articulações temporomadibulares ( DTM ).