quinta-feira, 29 de novembro de 2012

HERPES LABIAL


O herpes simples é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus chamado Herpes hominis virus. Existem dois tipos de vírus do herpes simples: o tipo 1 e o tipo 2. Geralmente, o tipo 1 é responsável pelos casos de herpes labial, e o tipo 2, pelo herpes genital.

Como acontece a contaminação?
A infecção pelo herpes se dá através do contato direto com lesões infectadas pelo vírus. Esse primeiro contato se dá, invariavelmente, durante a infância. A situação mais comum de contágio é aquela em que algum dos pais (ou parentes próximos) é portador do vírus, apresenta as lesões em lábio e entra em contato direto com a pele da criança.

O que acontece depois que a criança se contamina?

Após o contato com as lesões, a pessoa passa por uma fase de incubação do vírus, que dura em torno de 10 dias. Após esse período, algumas crianças podem apresentar a primo-infecção herpética ou estomatite herpética primária. Essa fase é marcada por manifestações clínicas, como febre, mal estar geral, irritabilidade, cefaléia, perda de apetite e linfadenopatia. A seguir, podem surgir bolhas na boca, nos lábios e na pele em torno dos lábios. Logo as bolhas se rompem, formando úlceras extremamente dolorosas e sangrantes. O quadro clínico tem resolução espontânea em cerca de 15 dias. Apesar da severidade da manifestação primária do herpes, apenas 1% dos pacientes que são infectados pelo vírus desenvolvem a doença clínica: 99%, apesar de infectados, não apresentam sinais ou sintomas clínicos.

Mas não são os adultos que apresentam a doença com mais freqüência?

Sim. Na verdade, são poucas as crianças que apresentam as lesões em pele ou boca. Após o contágio inicial (tendo ou não apresentado as manifestações clínicas), o vírus fica “dormente” dentro do organismo e só volta a apresentar manifestações clínicas a partir da adolescência. As manifestações clínicas que acontecem na fase adulta ocorrem pela reativação do vírus que estava “dormente” e estão, geralmente, ligadas à queda de imunidade.

Quais as causas da reativação do vírus?

Alguns fatores desencadeantes comuns são: febre, exposição ao sol, distúrbios gastrointestinais, trauma mecânico, estresse e períodos menstruais.



Como são as lesões recorrentes?

As manifestações secundárias não são tão graves como as da primo-infecção. As lesões restringem-se, na maioria dos casos, à região perioral ou perinasal, aparecendo na forma de pequenas bolhas que estouram e são recobertas por uma crosta durante o processo de cicatrização. O curso clínico da estomatite herpética secundária finda em torno de 8 dias.

Existe cura para o herpes?


Não, mas existe tratamento. O tratamento visa diminuir a freqüência com que os episódios ocorrem. Atualmente, os tratamentos envolvem drogas como o aciclovir, empregadas de forma local e sistêmica, e aplicações de laser de baixa intensidade.

sábado, 24 de novembro de 2012

Atenção Especial à Saúde Bucal dos Homens


A agência norte americana Centers for Disease  Control and Prevention ( CVC ), focada em saúde pública realizou pesquisa durante o ano de 2011 – já publicada no Journal of Periodontology – que confirma que os homens são menos pró-ativos na manutenção da saúde de dentes e gengivas.
A pesquisa que incluiu exames bucais e foi feita com 800 participantes indicou que as mulheres possuíam menor incidência de placa dental, cálculo e sangramento durante a sondagem, fatores que podem ser usados como marcadores da doença periodontal.
Esse resultado ainda indica que os homens costumam procurar o profissional quando o problema, seja  cárie, doença periodontal ou câncer bucal, já está em estágio mais avançado, com sintomas mais graves.
Assim, é necessário conscientizar os pacientes masculinos sobre a importância da prevenção, além de que é possível ter doença periodontal, por exemplo, e não apresentar sinais de alerta.
Tradicionalmente, os homens já são conhecidos por darem menos atenção à importância das consultas médicas e odontológicas constantes e de outros cuidados preventivos, mas, além disso, esse grupo é mais tendencioso a ter vícios e hábitos ruins.


A prevalência de fumantes é de 18,1% entre a população masculina, enquanto que entre a feminina é de 12%.
Apesar de o tabagismo ter diminuído entre os homens, eles ainda fumam mais.
Outro problema é o consumo de álcool, mulheres apresentam maior prevalência de abstinência - 59%, enquanto que os homens bebem mais frequentemente  -  39% deles bebem pelo menos 1 X por semana, os quais 11% bebem diariamente.
Outro índice mostra que 26% dos homens adultos consomem álcool de forma abusiva, enquanto que esse número entre as mulheres é de 9 %.

O cigarro, as drogas e as bebidas alcoólicas favorecem o crescimento do risco de lesões cancerígenas de boca além de serem importantes fatores de risco para as doenças periodontais.


Dados do Instituto Nacional do Câncer  ( INCA ) confirmam que esta é uma doença que acomete mais o grupo masculino.
O diagnóstico precoce é muito importante, e o cirurgião dentista tem papel fundamental nisto, pois podem detectar as primeiras possíveis lesões do tumor – feridas que não cicatrizam em uma semana, ulcerações indolores que podem sangrar e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal.

Homens são mais propensos a desenvolver o câncer bucal e outras complicações desta cavidade por serem mais negligentes que as mulheres nos cuidados bucais. Além disso, eles abusam dos hábitos nocivos como fumar e beber em excesso, o que repercute na boca e saúde geral.

domingo, 18 de novembro de 2012

Xerostomia / Boca Seca

A  xerostomia ou boca seca é causada pela diminuição na produção de saliva. Acomete, com intensidade e duração variáveis, um grande número de pessoas e suas causas podem variar consideravelmente.

São exemplos de causas:
  1. A idade avançada (com o passar da idade, as glândulas salivares vão se atrofiando).
  2. O efeito colateral de certos medicamentos, tais como anti-hipertensivos, antidepressivos, tranqüilizantes, anti histamínicos e anti colinérgicos.
  3. Hábitos e vícios, como o alcoolismo e a ingestão de alimentos ricos em cafeína.
  4. A Síndrome de Sjõgren, na qual o organismo da própria pessoa reage contra as glândulas salivares.
  5. A diabete mellitus, na qual a boca seca é um achado frequente.
  6. Cânceres na região de cabeça e pescoço (as pessoas que são tratadas com radioterapia podem ter suas glândulas afetadas permanentemente pela radiação).
  7. Problemas psiquiátricos (certas psicoses e estados de ansiedade podem causar falta de saliva).
  8. Doenças congênitas: existem pessoas que nascem sem as glândulas salivares (agenesia congênita).
Por que a saliva é tão importante?



A saliva tem papel importante na formação do bolo alimentar, favorecendo a digestão e deglutição; proporciona uma lavagem físico-mecânica, facilitando uma melhor movimentação da língua e demais músculos; atua na proteção da mucosa da boca; controla a microbiota bucal; estabelece e mantém o pH do meio, atuando no processo da cárie dental.
O que é exatamente a saliva?
A saliva apresenta um pH neutro e é composta por 99% de água. A outra parte é constituída por proteínas, como enzimas, imunoglobulinas responsáveis pelos anticorpos salivares, além de outros compostos, como bicarbonato, sódio, potássio, cálcio, cloreto e flúor.
O que a boca seca pode causar?




Cáries, candidíase (doença fúngica), doenças gengivais e infecções nas glândulas salivares.

Quais são os sintomas?
Em função da falta de saliva, o indivíduo pode ter mau hálito, dificuldades para falar e engolir, intolerância a próteses, dor na língua, perda do paladar e alteração de voz.
Qual o tratamento indicado?
O primeiro passo para o tratamento é o diagnóstico correto: o paciente que perceber os sinais e sintomas associados à boca seca deve procurar o cirurgião-dentista.
Os tratamentos variam em função da causa: se a xerostomia tiver origem medicamentosa, o cirugião-dentista deverá entrar em contato com o médico do paciente para estudarem a possibilidade de substituição do medicamento por outro que não afete a produção de saliva.


Nos casos de perda irreversível da produção de saliva (radiação, Síndrome de Sjõgren, idade avançada, agenesia congênita), existe a possibilidade de minimizar o problema com uso de saliva artificial manipulada ou comercial, gomas de mascar sem açúcar e medicamentos que estimulem a salivação, além da orientação quanto à dieta com proteínas e vitaminas.
O paciente com xerostomia, independentemente da causa, deverá ser acompanhado pelo profissional em intervalos menores para orientação de higiene oral constante, aplicação de flúor e tratamento gengival básico.
O paciente deverá manter-se sempre bem hidratado, ingerindo água ou outra bebida sem açúcar e evitando o consumo de bebidas com álcool ou cafeína. Se os lábios estiverem secos, pode ser indicado o uso de lubrificantes à base de vaselina.
Durante as refeições, devem-se preferir alimentos moles, úmidos e pouco condimentados. Nos casos onde exista também infecções fúngicas, o profissional poderá indicar bochechos com antifúngicos.

sábado, 10 de novembro de 2012

Amamentação e Odontologia


A amamentação e a odontologia.
A amamentação tem sido incentivada por ser o leite materno não só o alimento mais completo e digestivo para crianças de até um ano de idade, como também por ter ação imunizante, protegendo-as de diversas doenças. A amamentação é gratificante para a mãe e interfere beneficamente na saúde da mulher, por exemplo, diminuindo a probabilidade de câncer de mama, ajudando na involução do útero e na depressão pós-parto. Hoje, diz-se que o leite materno é ecologicamente correto, pois não consome recursos naturais em sua produção e não gera lixo, como ocorre com os leites artificiais, além de ser mais barato. Porém, poucos sabem que a amamentação tem reflexos futuros na fala, respiração e dentição da criança.
Um exercício muito Importante.
Quando a criança é amamentada, está não só sendo alimentada, como também fazendo um exercício físico importante para desenvolver sua ossatura e musculatura bucal. Ao nascer, o bebê tem o maxilar inferior muito pequeno, que irá alcançar equilíbrio no tamanho em relação ao maxilar superior tendo seu crescimento estimulado pela sucção do peito. Toda a musculatura bucal é desenvolvida, músculos externos e internos, que, solicitados, desenvolvem os ossos. Mamar no peito não é fácil, daí o bebê ficar bastante transpirado. Esse exercício é o responsável inicial no crescimento harmonioso da face e dentição. Usando mamadeira, esse exercício é quase inexistente, e a preferência do nenê pela mamadeira vem da facilidade com a qual ele ganha o leite, principalmente quando este flui por um furo generoso no bico. Para exercitar-se com maior eficiência, a posição durante a mamada é importante: a criança deverá ficar o mais verticalizada, o que também facilita a deglutição do leite.


Uma atitude na tentativa de evitar apinhamento dental (dentes "encavalados").
Maxilares melhor desenvolvidos propiciarão um melhor alinhamento da dentição, diminuindo a necessidade futura do uso de aparelhos ortodônticos. Músculos firmes ajudarão na fala. Durante a amamentação, aprende-se a respirar corretamente pelo nariz, evitando amigdalites, pneumonias, entre outras doenças. Quando a criança respira pela boca, os dentes ressecados ficam mais expostos à cárie e as gengivas ficam inflamadas, os maxilares tendem a sofrer deformações e os dentes, a ficar "encavalados", aumentando também o processo de cárie.
A amamentação prepara o bebê para a mastigação.
A mamadeira costuma tornar-se uma companheira para a criança ao longo de anos, habituando-a a uma dieta mole e adocicada, que aumenta o risco de cáries (cárie de mamadeira); a criança tende a recusar alimentos que requeiram mastigação. Depois da amamentação, a mastigação correta continuará a tarefa de exercitar ossos e músculos. A amamentação prepara a criança para a mastigação. Muitas mães reclamam que seus filhos, já crescidos, não mastigam corretamente e recusam verduras e frutas, apreciando apenas doces e iogurtes. Esquecem-se essas mães de que o que os habituou a essa dieta foi o uso prolongado da mamadeira. Mastigação incorreta pode levar também a problemas de obesidade e de estômago.

Evitando hábitos prejudiciais.
Atrelada à mamadeira, vem a chupeta, que também é usada normalmente por muito tempo, e o hábito de chupar o dedo, afetando o posicionamento dos dentes e trazendo também consequências danosas à fala e à respiração.
Abandonando a mamadeira.
Desmame - é a transição da amamentação para a alimentação semi sólida e sólida. Este período é uma fase que exige cuidados tanto pela possibilidade de administração de alimentos inadequados, quanto pelo risco de contaminação dos mesmos, favorecendo a ocorrência diarreica e desnutrição. A OMS/UNICEF recomenda que o lactente (o bebê) deva ser amamentado exclusivamente ao seio materno até o sexto mês de vida e a partir daí receber a complementação de outros alimentos.

Prevenindo a cárie.
A primeira consulta odontológica de uma criança deveria ser antes do nascimento de seu primeiro dentinho. Nesse primeiro encontro, o odontopediatra orientaria a respeito da higienização, dieta e como proceder quando os dentes começarem a irromper e a incomodar o bebê. Entre outras coisas, aconselharia os pais a acostumarem-se a levar seus bebês ao dentista, assim como os levam ao pediatra, no sentido de se poder acompanhar de perto o desenvolvimento destes na tentativa da erradicação da doença cárie.



Fonte: Revista APCD
Fotos: Google

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Os primeiros cuidados com os dentinhos de leite







O nascimento dos dentes de leite, fase tão esperada pelos pais, é um momento muito especial na vida do bebê. Porém, é importante que os pais saibam como manter os dentinhos limpos desde quando eles começam a aparecer.

A limpeza dos primeiros dentinhos deve ser feita com uma gaze embebida em água ou com dedeiras de silicone, sempre após a amamentação. Além de limpar os dentes, as dedeiras massageiam a gengiva do bebê, favorecendo a erupção (ou nascimento) dos próximos dentes.

                                         











No caso de crianças que têm o habito de mamar durante a madrugada, é de suma importância que os pais façam a limpeza da boquinha do bebê antes que ele volte a dormir. "Adormecer sem que seja feita a higiene bucal favorece o aparecimento do que chamamos de 'cárie de mamadeira'. Essa cárie evolui rapidamente e causa dor".



A mãe ou a babá devem evitar de soprar ou provar a comida do bebê , pois a cárie é doença transmissível, ou seja, se a mãe ou a babá estiver com um dente cariado, por exemplo, a bactéria será transmitida à criança.

Por volta dos dois anos, quando todos os dentinhos de leite já nasceram, a higienização deve começar a ser feita com escova de dente. Porém, é importante a escolha de escova indicada para a idade da criança e de pasta que não contenha flúor para evitar o problema da fluorose.


Até os oito anos de idade a criança não tem controle motor suficiente para fazer a escovação perfeitamente. Por isso, é importante que pelo menos a escovação noturna seja feita pelos pais para garantir uma boa limpeza.

Apesar de muito esperados pelos pais, nem sempre os dentinhos de leite recebem a atenção merecida. Eles são muito importantes e, uma vez cariados, podem afetar os permanentes. Eles também são capazes de "guiar" o dente permanente para o devido lugar. Ou seja, quando um dentinho de leite é extraído antes do tempo, há grandes chances do dente permanente nascer no local errado, levando a necessidade de correção ortodôntica no futuro.

Portanto, para evitar problemas e manter a saúde bucal é essencial que os pais cuidem dos dentinhos do bebê por meio da limpeza regular, boa alimentação e visitas periódicas ao pediatra e ao dentista.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Facetas Laminadas


Com a contínua evolução e desenvolvimento dos materiais restauradores, surgiram alternativas inovadoras para o tratamento estético dos dentes anteriores e posteriores.
As facetas laminadas tanto diretas, confeccionadas em resina fotopolimerizável pelo próprio dentista, quanto as indiretas, confeccionadas a partir de um modelo pelo protético é uma modalidade de tratamento odontológico estético que requer desgaste mínimo dos dentes e em alguns casos nenhum desgaste e por isso tem chamado a atenção dos pacientes que procuram uma solução para uma gama de problemas relacionados à posição dentária, alterações na estrutura , na cor e na forma dos dentes.
A alteração de forma mais comum é a microdontia, onde o dente tem o tamanho menor que o normal e pode ser isolada ou generalizada, apesar do dente mais afetado ser os incisivos laterais superiores.
As alterações de cor estão relacionadas a dentes que sofreram tratamento endodôntico, traumatismos ou por pigmentos como:  fumo, vinho ou café.
As facetas requerem apenas uma leve redução do esmalte vestibular do dente, para que não ocorra um aumento de volume provocado pela presença do material preservando a estrutura dental sadia e a saúde pulpar e periodontal.
As facetas que não requerem desgastes representam a alternativa de escolha em casos que não existam alterações profundas de cor , forma ou dentes cujo posicionamento não exija correção através de desgastes  e se caracterizam por um recontorno cosmético por aposição.

Indicações de facetas laminadas
1.     Casos de descolorações resistentes ao clareamento
2.     Dentes anteriores com necessidades de modificações morfológicas
3.     Dentes conóides
4.     Fechamentos de diastemas
5.     Aumento de guias incisais
6.     Reabilitações extensas anteriores
7.     Extensas fraturas incisais
8.     Mal formação congênita
9.     Dentes com restaurações extensas que necessitem de substituição
Fatores que limitam a indicação das facetas laminadas
1.     Perda estrutural que prejudique a resistência do elemento
2.     Comprometimento oclusal
Contraindicações Relativas
As facetas devem ser confeccionadas com cuidados especiais nos seguintes casos:
1.     Hábitos parafuncionais como bruxismo
2.     Mordida topo a topo
3.     Mordida cruzada
4.     Mordida profunda
5.     Higiene deficiente
6.     Hábitos de morder objetos ou roer unhas
7.     Falta de estabilidade oclusal
8.     Problemas periodontais

Fonte: Só Técnicas Estéticas - CDV- Vol 9