quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Aparelho Bucal contra Cefaleias Tensionais





De acordo com o departamento de Cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), o número de brasileiros que sofrem com dores de cabeça é superior a 30 milhões. Acredita-se que pelo menos 93% da população tenha pelo menos um episódio de dor de cabeça durante a vida, sendo que 31% deveria procurar tratamento médico por causa das crises. Mais de 200 tipos diferentes de dores de cabeça já foram descritos, sendo que os mais comuns são as enxaquecas, as tensionais e as crônicas diárias. As mulheres são as mais afetadas - 76% tem, no mínimo, um episódio no mês, contra 57% dos homens. O ortodontista e ortopedista Gerson Köhler, explica que a Odontologia, mais especificamente a Ortodontia e a Ortopedia Facial, pode contribuir no tratamento das dores de cabeça tensionais e de alguns tipos de enxaqueca.
"A intervenção desta especialidade é indicada em casos em que os músculos mastigatórios atuam de maneira exagerada, impedindo o relaxamento da musculatura que circunda o crânio, principalmente os músculos temporais. O tensionamento constante acaba gerando as dores de cabeça", esclarece.
  
A tensão exagerada da musculatura mastigatória chega a ser 14 vezes mais intensa do que quando os músculos funcionam normalmente. A cefaleia tensional é caraterizada por dor de intensidade leve ou moderada, sensação de pressão ou aperto em toda a cabeça, com duração de algumas horas ou até vários dias. "O estresse é considerado a principal causa do problema, já que ele gera o apertamento dos dentes e a tensão em excesso dos músculos localizados na face", aponta o especialista em distúrbios do sono.
O avanço da tecnologia e dos estudos científicos permitiu a criação de um aparelho bucal que contribui de maneira eficaz para o tratamento das dores de cabeça tensionais. O médico neurologista Andrew Blumenfeld e o odontologista James Boyd, ambos americanos, foram os responsáveis pela criação do dispositivo e pela pesquisa que revelou a sua potencialidade.
"O estudo é muito respeitado e foi publicado em diversas revistas científicas altamente conceituadas. O aparelho, denominado NTI-TSS (Nociceptive Trigeminal Inhibition – Tension Supression System), é encaixado nos dentes frontais e deve ser usado somente para dormir", observa.



Diferentemente das tradicionais placas de relaxamento, o dispositivo possui mínima invasibilidade. O aparelho é aprovado pela entidade americana Food and Drug Administration (FDA), equivalente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, e tem resultados comprovados.
 "A tensão involuntária da musculatura é reduzida, prevenindo as cefaleias matinais, diurnas e noturnas. O dispositivo para supressão de tensão neuromuscular (NTI-TSS) ainda diminui a sensibilidade e o desgaste dos dentes, a tensão dos músculos faciais, os desconfortos na musculatura do pescoço e as dores na região da mandíbula e das ATMs", ressalta.
Os estudos científicos sobre o uso dispositivo supressor de tensão neuromuscular (NTI-TSS) revelaram que o aparelho tem a capacidade de reduzir significativamente os sintomas e os episódios enxaquecosos de aversão à luz e sons intensos e diminuir a necessidade de medicação analgésica.
"É importante frisar que, mesmo com ótimos resultados, o dispositivo não é indicado para solucionar todos os tipos de cefaleias ou enxaquecas. O seu uso é liberado para a prevenção de dores de cabeça tensionais, alguns tipos de enxaquecas e em casos de distúrbios nas articulações temporomandibulares, mais conhecidas como ATMs", alerta.
O tratamento deve ser interdisciplinar e contar com a participação de um médico neurologista, que irá fazer o diagnóstico preciso do paciente e descartar outras hipóteses de cefaleias, e por um ortodontista/ortopedista facial especializado nesta área, que irá prescrever o uso do aparelho e acompanhar o paciente. "O objetivo é proporcionar mais qualidade de vida e eliminar as dores de cabeça causadas pelo excesso de tensão muscular. O indivíduo deve seguir rigorosamente todas as orientações para obter resultados satisfatórios", finaliza
Fonte: Revista Dentistry Brasil

sábado, 26 de janeiro de 2013

Cirurgia Piezoelétrica





A odontologia busca prevenir doenças e tratá-las da forma menos invasiva possível e nós do Studio Gorga não poderíamos deixar de acompanhar essa evolução.
Dentro desse contexto moderno surge a cirurgia óssea piezoelétrica como uma alternativa interessante às cirurgias odontológicas tradicionais, realizadas com instrumentos rotatórios ou cortantes.

Durante o curso de Excelência em Periodontia e Implantes na Implanteperio, nossa especialista recebeu treinamento para a execução desta modalidade cirúrgica que na clínica já está se mostrando altamente eficaz e com resultados pós-operatórios excepcionais!!!!  

O método piezoelétrico emprega uma vibração ultrassônica para promover as modificações necessárias em ossos.
A cirurgia óssea piezoelétrica é indicada nos casos de extrações dentárias - incluindo os dentes do siso, cirurgias de enxerto ósseo para a reconstrução dos tecidos perdidos, plastias ósseas, remoção e enucleação de cistos, implantes e outras técnicas específicas.

A voltagem e a frequência desse aparelho o tornam  capaz de fazer o corte seletivo do osso, preservando os tecidos moles e duros adjacentes (gengiva, bochecha, lábios, raízes dos dentes, nervos). Essa característica é de extrema importância nas cirurgias odontológicas realizadas próximas ao nervo mandibular (alveolar inferior), ao assoalho do seio maxilar ou a qualquer estrutura anatômica que deva ser preservada.
tecido ósseo cortado com broca  -
visualizar zona de queimadura
tecido ósseo cortado com piezoelétrico -
ausência de zona de queimadura














Além disso, a vibração ultrassônica produzida no osteótomo, que é a ponta ativa do aparelho, promove um efeito cavitacional que é potencializado pelo spray de soro fisiológico, utilizado para irrigar e resfriar a região da incisão óssea. Essa irrigação gera um campo cirúrgico livre de sangue, de fácil visualização e isento do risco de o osso necrosar por aquecimento. As brocas, tradicionalmente empregadas nesse tipo de cirurgia, podem gerar queimaduras ósseas seguidas de necrose, comprometendo os resultados.
Outro fator a considerar é de que as cirurgias convencionais geram muito desconforto ao paciente, já que o uso de brocas é percebido negativamente por ele, em função do barulho, da pressão e da vibração exercida pelo instrumental.


ponta do ultrassom piezoelétrico e os osteótomos
O osteótomo piezoelétrico reduz significativamente o barulho, a vibração, a pressão, o aquecimento e o desconforto pós-operatório. Alguns estudos clínicos demonstram que a recuperação do paciente é muito mais tranquila após uma cirurgia piezoelétrica, pois a cicatrização óssea é acelerada e a ausência de aquecimento diminui a possibilidade de ocorrerem edemas.

Entretanto, toda técnica tem suas limitações. O ultrassom piezoelétrico específico para fins cirúrgicos tem custo elevado, exige uma curva de aprendizado e não otimiza o tempo da cirurgia, deixando-a inclusive mais demorada.
Fonte: www.minhavida.com.br
Fotos: google

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Lentes de Contato Dental






As lentes de contato em porcelana estão se disseminando nos consultórios odontológicos do País.

“Assim como a lente de contato ocular fica invisível no olho, a lente de contato dental se une ao dente de tal forma que é difícil detectá-la”, afirma o cirurgião-dentista Victor Clavijo, mestre e doutor em Dentística Restauradora pela UNESP.
EXTRAFINA E RESISTENTE


Com espessura variável entre 0,3 e 0,5 milímetros foram idealizadas para fins estéticos. Essas facetas extrafinas são cimentadas sobre a parte frontal do dente sem anestesia, com pouco ou nenhum desgaste do esmalte, para corrigir pequenas imperfeições como dentes espaçados, quebrados, desalinhados, desgastados e com sinais de envelhecimento.



As primeiras lentes de contato foram desenvolvidas em 1985 nos Estados Unidos pelo cirurgião-dentista John R. Calamia. Problemas envolvendo as técnicas e materiais de adesão aos dentes provocaram muitas fraturas e casos de inflamação gengival persistentes, que desestimularam o emprego dessa restauração.
A técnica só foi retomada no final dos anos 90 com o surgimento de cerâmicas que aumentam a resistência das facetas, como as cerâmicas feldspáticas aluminizadas e as injetadas a base de dissilicato de lítio.
"A popularização da técnica resulta do fato de os cirurgiões-dentistas terem, atualmente, mais acesso à informação sobre as lentes de contato, através da internet, cursos e publicações. Por outro lado, os pacientes sentem-se atraídos em colocar uma faceta que, em boa parte dos casos, dispensa anestesia e desgaste do esmalte dos dentes."
Os especialistas ressaltam que a aplicação das lentes de contato é bem-sucedida quando obedece a indicações precisas. Elas são contraindicadas no caso de dentes escurecidos ou muito mal posicionados, pois nesses casos  seriam necessários grandes desgastes dentais.
O tratamento é feito em três etapas.

Na primeira, o cirurgião-dentista faz fotos e a moldagem dos dentes do paciente. Em seu laboratório, o protético faz testes para avaliar a viabilidade de colocar ou não a restauração cerâmica.
Em caso positivo, o cirurgião-dentista realiza uma simulação, por meio da técnica de mock-up (maquete, em inglês), permitindo ao paciente vislumbrar como seu sorriso vai ficar com a faceta.
Se for autorizado, o cirurgião-dentista faz nova moldagem que é enviada para o protético para a realização do trabalho final.





Fonte: Revista Dentistry Brasil
Fotos: Google  

domingo, 20 de janeiro de 2013

Férias X Avulsão Dental








Durante o período de férias, aumenta a incidência de crianças com dentes quebrados ou arrancados após uma batida na boca. Os traumas dentários são muito constantes durante a recreação, seja um pega-pega ou um jogo de futebol, por exemplo.

Durante as férias, a incidência é maior, principalmente pelo fato das crianças ficarem em casa e nem sempre com o acompanhamento de um adulto.



Depois de um acidente, segure sempre o dente pela coroa, nunca pela raiz. Se estiver sujo, lave em leite ou soro e coloque de volta na boca, no lugar ou embaixo da língua da criança. Se a criança for muito pequena e houver risco de engolir o dente, coloque-o em soro fisiológico ou simplesmente em um copo com leite. O líquido precisa ser estéril, livre de microorganismos, e o leite está sempre à mão.


A orientação dos especialistas* é que as pessoas não limpem jamais o dente com qualquer produto, seja um antisséptico ou pasta de dente. Na sequência, procure um dentista o mais rápido possível. Em linhas gerais, é manter a calma, agir rapidamente, proteger o dente de forma adequada e ir até um profissional qualificado, que dará a melhor solução para o caso.
É essencial que a população conheça o Manual da entidade com o passo a passo, ele foi desenvolvido depois de analisarmos pesquisa constatando que 48% pegariam o dente inadequadamente, ou seja, pela raiz, 49% embrulhariam em um papel, danificando o ligamento periodontal e prejudicando um possível reimplante e 74% não saberiam qual especialista procurar.
O melhor é evitar o trauma, alertar os pequenos dos riscos e tomar o máximo de cuidado. Quando o acidente é inevitável, nada de relaxar. É preciso agir rápido. Infelizmente a população desconhece quais são as primeiras atitudes a serem tomadas em um momento desses, que muitas vezes é breve para as ações.
O Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial elaborou um passo a passo simples e fácil com sete recomendações básicas, caso você, um familiar ou vizinho enfrente uma situação dessas.
RECOMENDAÇÕES:

1. Atenda a criança e tente acalmá-la
2. Recolha o dente do local do acidente
3. Sempre pegue o dente pela coroa, nunca pela raiz
4. Se estiver sujo, lave com soro fisiológico ou leite
5. Nunca lave o dente com antisséptico ou pasta de dente
6. Coloque o dente debaixo da língua da própria criança ou dentro de um recipiente com leite ou soro fisiológico (nunca embrulhar num papel)
7. Procure um local de atendimento especializado, onde exista um cirurgião-dentista

RESUMO: Mantenha a calma, aja rapidamente, proteja o dente de forma adequada e vá até um profissional qualificado

*Nicolas Homsi  - presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial
*Luciano del Santo - diretor do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial
Fonte: Revista Dentistry Brasil

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Perder os dentinhos de leite antes do tempo pode trazer sérios problemas



Dente que cai antes do tempo exige visita ao odontopediatra .
Durante a brincadeira a criança sofre uma queda, bate a boca e... lá se vai o dente. Tudo bem, era de leite, costumam dar de ombros pai e mãe, despreocupados, como se a primeira dentição não tivesse assim tanta importância.
Errado.

Os dentes de leite funcionam como um guia para os permanentes. Se eles caírem antes da hora, os vizinhos podem ocupar o lugar dos que ainda vão nascer e isso muda toda a configuração do sorriso.
Dente que cai antes do tempo exige visita imediata ao odontopediatra. Provavelmente ele vai sugerir um aparelho para conservar o espaço destinado ao permanente.
Outro caso não raro é quando o dente não caiu, mas penetrou na gengiva e ficou ali bem escondido, sem ninguém desconfiar e a queixa de dor, se houver, acaba sendo atribuída ao traumatismo.

O outro lado dessa história é que, às vezes, o dente de leite demora demais para se desgrudar da gengiva e isso também atrapalha a erupção do permanente.Muitas vezes o permanente acaba saindo atrás do dentinho que deveria ter caído.
O resultado é uma arcada dentária desalinhada e com um encaixe imperfeito ( má oclusão ). Se o dente já está mole há uns dois meses ou há apenas alguns dias, mas a criança está reclamando de dor ou de incômodo ao mastigar, procure um dentista porque só ele pode removê-lo com segurança.
Outro erro comum — e grosseiro — é descuidar da higiene de dentes que estão na boca só de passagem. Até mesmo as cáries podem migrar do dente de leite para o permanente .
Outro caso é a cárie invadir tanto o dentinho o que obriga a um tratamento de canal ou mesmo a uma extração na mais tenra idade.

Os cuidados com os dentes de leite devem começar quando a criança ainda está no útero materno.
As grávidas precisam de muito cálcio e fósforo para a boa formação da arcada do bebê.
O açúcar, ao contrário, deve entrar na dieta com parcimônia. A partir do quarto mês de gestação, acredita-se, o feto já identifica o sabor adocicado e isso pode favorecer o gosto por doces no futuro.

Assim que o bebê nasce, e antes mesmo de o primeiro dente de leite surgir, já dá para evitar problemas.
A boca da criança é menos resistente a microorganismos do que a dos adultos, por isso pais, avós, babás, ninguém deve provar a comida na mesma colher que o pequeno irá usar para não contaminá-la. Pelo mesmo motivo, nada de soprar os alimentos para esfriá-los ou beijar a meninada na boca, pois as bactérias estão presentes na saliva.

Por fim, um recado para grávidas e para mães que acabam de dar à luz: mamar no peito também é importante para o sorriso do seu filho. Isso exige mais esforço do que sugar o leite na mamadeira e estimula o desenvolvimento dos maxilares.

Fonte: Saúde é Vital

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Bruxismo pode ser manifestação de problemas sistêmicos


Há séculos que o bruxismo representa um grande problema para a Odontologia, tanto pelas alterações que provoca nas estruturas bucais, como o desgaste dentário, fraturas de restaurações, piora da doença periodontal e disfunção da ATM, quanto pela dificuldade em se definir sua verdadeira origem.
Dentre as causas do bruxismo citadas por diversos autores estão o estresse, a reação a fármacos, associação com doenças psiconeurológicas e, menos aceito atualmente, uma reação motora reflexa à alterações dentárias e oclusais.
Várias hipóteses já foram levantadas sobre as causas do bruxismo em geral, mas pelo menos quando se trata do bruxismo do sono, parece haver cada vez mais certeza que este faz parte de uma ativação simpática sistêmica que ocorre em ciclos durante o sono.
Assim, no bruxismo do sono há uma ativação motora mastigatória rítmica (RMMA), associada ao aumento da função cardiorespiratória, vasoconstricção periférica e superficialização dos estágios do sono, podendo culminar em despertares e movimentos de todo corpo.


Em um trabalho recente de um dos grupos mais importantes do mundo no estudo das alterações do sono, a pesquisadora Angela Nashed observou que o bruxismo do sono, quando associado aos despertares e movimentos do corpo, está estatisticamente relacionado à um aumento da pressão arterial sistêmica. Este aumento da PAS é mais significativo se a RMMA ocorre com a movimentação do corpo.
Este trabalho eleva o status do bruxismo a uma manifestação bucal de doença sistêmica que, através da observação atenta do cirurgião dentista, pode levar ao diagnóstico precoce da silenciosa hipertensão arterial sistêmica, ou pelo menos de sua manifestação durante o sono (veja aqui o artigo publicado na Revista Sleep).
Obviamente há necessidade de realização de uma polissonografia para a detecção tanto das contrações massetéricas e temporais, quanto das alterações autonômicas de origem simpática.
Fica assim o alerta para os pacientes, cirurgiões dentistas e laboratórios de estudo do sono.