segunda-feira, 28 de maio de 2012

Implantes Dentários - cuidados e higiene



                      
Seus implantes dentários podem durar a vida toda !

Dentes novos podem trazer melhoria de vida se voce tiver perdido sua habilidade de mastigar, falar e sorrir. Com manutenção profissional e cuidados corretos em casa, seus implantes podem durar a vida toda bem como proporcionar conforto, funcionalidade e confiança.

Porque dentes novos precisam de cuidados especiais?

Uma higiene precária em torno dos implantes pode contribuir para o aparecimento de doenças graves – mucosite peri implantar e peri-implantite - nos tecidos ao redor dos implantes. Ambas estas doenças são infecciosas. A mucosite peri-implantar é uma codição inflamatória no tecido mole enquanto a peri-implantite também afeta o osso ao redor do implante.

Estas doenças são comuns. Estudos científicos mostraram que mucosite peri-implantar ocorria em aproximadamente 80% dos pacientes e peri-implantite em 28 a 56% dos pacientes.

Com manutenção apropriada voce pode contribuir para prevenir estes problemas. Voce deve também conscientizar-se de que o uso do tabaco é um fator de risco significativo no desenvolvimento e progressão de doenças de peri-implantite.

                                

Implantes diferentes – necessidades diferentes.

Há diversos tipos de implantes e de próteses implanto suportadas, todos requerem uma técnica especial de limpeza.

Existe uma variedade de escovas especialmente projetadas (desenhadas) para limpeza, todas desenvolvidas com a colaboração de dentistas , isso irá facilitar a manutenção de seus implantes.



Limpeza depois da cirurgia.

 Depois da cirurgia, é frequentemente recomendado que se use uma escova de dentes associadas a escovas interdentais extra macias. Peça orientação ao seu dentista.

Manutenção profissional e cuidado apropriado em casa.

Lembre-se que seus dentes novos precisam de cuidado e atenção.
"Check-ups" periódicos são importantes para se assegurar que os implantes e tecidos adjacentes estejam saudáveis. Peça sempre ao seu dentista orientação sobre quais instrumentos e técnicas de limpeza são mais adequadas para voce e seu tipo de implante dental.



terça-feira, 22 de maio de 2012

A saúde bucal na gravidez








As mulheres podem desenvolver mais facilmente a gengivite durante a gravidez, podendo progredir para a fase destrutiva da periodontite.

Devido à liberação de altos níveis de estrogênio e progesterona, existe uma maior vasodilatação, resultando na inflamação do tecido gengival. A resposta gengival ao estrogênio é semelhante a uma resposta exagerada aos irritantes locais. Por sua vez, a progesterona dilata os vasos sanguíneos causando inflamação e dificultando a reparação do colágeno, a proteína estrutural que dá suporte às gengivas.
Se a doença periodontal durante a gravidez não for tratada, pode levar a conseqüências  mais sérias, inclusive podendo ser um dos fatores de risco para o parto prematuro e bebês de baixo peso.


Durante a gravidez recomenda-se estabelecer programas de prevenção da doença periodontal com os profissionais da saúde, sendo que em mulheres com um histórico familiar de periodontite, a necessidade da prevenção é ainda maior.

A escovação diária dos dentes, o uso de escovas interdentais e a utilização de enxaguatórios bucais são muito importantes nesta fase.

Igualmente importante é o uso de produtos adequados para a correta higiene bucal tonificando e fortalecendo as gengivas durante a gravidez, promovendo a prevenção da cárie dentária, o controle do biofilme e a mantenção de gengivas fortes no momento em que são mais sensíveis.


O objetivo é melhorar a saúde bucal durante a gravidez, ajudando também a reduzir o risco  do trabalho de parto prematuro. Além disso, uma boa saúde bucal também pode ajudar na prevenção da cárie na mãe, reduzindo a transmissão das bactérias cariogênicas para a saliva da criança, e consequentemente o risco de cárie nos primeiros anos de vida.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Câncer Bucal - Parte IV

     
 Embora seja um assunto muito desagradável precisamos estar atentos aos sinais e sintomas deste inimigo. Para tanto a partir de hoje estaremos postando uma série relacionada a esse assunto.
Os cânceres que se originam no revestimento da boca ou em tecidos superficiais são denominados carcinomas e correspondem a 96% dos tumores malignos da cavidade bucal. Os que têm origem nos tecidos mais profundos são denominados sarcomas. Raramente, os cânceres observados na região bucal são consequência da disseminação de um câncer de outras partes do organismo, quando ocorrem, geralmente são dos pulmões, das mamas e da próstata.
Fator de risco é qualquer coisa que aumente a chance de alguém ter determinada doença. No caso do câncer, alguns podem ser evitados pela mudança de hábitos, como deixar de fumar, beber moderadamente, usar filtro solar e ter uma dieta equilibrada. Outros fogem ao nosso controle como histórico familiar e a idade (o risco de desenvolver câncer aumenta com a idade).
O risco de câncer bucal é maior para os indivíduos tabagistas e alcoolistas. A combinação do álcool e do tabaco apresenta uma maior probabilidade de causar câncer que qualquer uma das duas substâncias usadas isoladamente. Cerca de dois terços dos cânceres orais ocorrem em homens, mas a incidência crescente do tabagismo entre mulheres ao longo das últimas décadas vem eliminando gradualmente essa diferença entre os sexos.
O exame de detecção do câncer bucal deve ser parte integrante tanto do exame médico quanto do odontológico, pois a detecção precoce é fundamental. Os cânceres com menos de 1 centímetro de diâmetro geralmente podem ser facilmente curados. Infelizmente, a maioria dos cânceres orais só é diagnosticada após já ter ocorrido a disseminação para os linfonodos da região mandibular e do pescoço. Devido à detecção tardia, 25% dos cânceres bucais são fatais.
Portanto, a palavra chave quando se fala em câncer de boca é a prevenção.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Câncer Bucal - Parte III - Leucoplasia



O QUE É
É uma das lesões cancerizáveis mais freqüentes da cavidade bucal, desenvolvendo-se em qualquer região, sendo a mucosa jugal, o lábio inferior e rebordo lateral de língua as áreas mais afetadas.
Sua etiologia algumas vezes está relacionada a hábitos como tabagismo e quando associada à etilismo, aumenta a probabilidade de transformação maligna, geralmente são consideradas lesões idiopáticas sem origem aparente. Sua ocorrência se dá principalmente em pacientes de meia idade, do sexo masculino.

COMO APARECE CLINICAMENTE



Clinicamente aparece como uma placa (para o leigo pode parecer uma mancha) esbranquiçada que não cede à raspagem, sua superfície pode ser rugosa, courácea (aspecto de couro) ou lisa.

 COMO É O TRATAMENTO
Após o diagnostico, em lesões de pequenas dimensões realiza-se a remoção cirúrgica, em lesões extensas acompanhamento utilizando-se citologia esfoliativa e biópsias quando necessário.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Doença Periodontal - Notícias


Um estudo realizado com apoio da FAPESP,  indicou que o tratamento convencional de infecções bacterianas que afetam as gengivas e os demais tecidos que circundam os dentes (periodontites) pode ser significativamente melhorado por meio do uso concomitante dos antibióticos metronizadol e amoxicilina.

Os pesquisadores avaliaram um grupo de 30 pacientes atendidos no Centro de Estudos Clínicos em Odontologia da UnG acometidos com periodontite agressiva – um tipo de infecção bacteriana rara que afeta normalmente pessoas mais jovens e é caracterizada pela rápida perda dos ossos de suporte, podendo resultar na perda de dentes, principalmente os molares e incisivos.

Tradicionalmente, a doença e os outros tipos de infecções periodontais são tratados pelos periodontistas por meio da raspagem mecânica e alisamento das raízes dos dentes para remoção das bactérias que colonizam a região entre os dentes e as gengivas e atacam os ossos de suporte dentário. Entretanto, principalmente os pacientes jovens não respondem bem a esse tipo de tratamento e apresentam recorrência da doença.

Ao realizar o tratamento convencional associado ao uso dos antibióticos metronizadol e amoxicilina em metade dos pacientes participantes do estudo, os pesquisadores da UnG constataram que após três meses eles apresentaram uma resposta clínica melhor do que os que só receberam o tratamento convencional. Além disso, também houve uma melhor recolonização da placa bacteriana (biofilme) localizada abaixo da margem da gengiva.

“Observamos que a microbiota bucal dos pacientes que foram submetidos a limpeza mecânica associada à terapia com antibióticos apresentou maior proporção de bactérias benéficas e menor proporção de patógenos. Essas diferenças se mantêm por um período maior do que nos pacientes tratados somente da forma convencional”, disse Magda Feres, coordenadora do programa de pós-graduação em odontologia da UnG e uma das pesquisadoras participantes do projeto à Agência FAPESP.

Para avaliar a placa bacteriana dos pacientes com periodontite agressiva que participaram do estudo, os pesquisadores utilizaram uma técnica molecular para análise microbiológica chamada Checkerboard DNA-DNA hybridization, que diagnostica bactérias por sonda de DNA.
A técnica, desenvolvida pelo pesquisador Sigmund Socransky, do Forsyth Institute, associado à Universidade Harvard, é utilizada atualmente em apenas seis laboratórios no mundo e foi implantada no Laboratório de Microbiologia da UNG por Feres, que realizou doutorado na instituição norte-americana sob orientação de Socransky.
“Esse método inovou a forma de diagnosticar e de acompanhar os resultados do tratamento de periondotites ao permitir avaliar diversas bactérias associadas às infecções na gengiva e obter diversas amostras de placa bacteriana de cada dente dos pacientes para verificar o que ocorre na composição da microbiota bucal”, explicou Feres.

Por meio da técnica, a pesquisadora e seu grupo conseguiram avaliar as alterações promovidas pelo tratamento tradicional de periodontite agressiva associada à medicação com metronidazol e amoxicilina em um conjunto de 40 bactérias da microbiota bucal dos pacientes, das quais algumas são benéficas e outras são associadas às periodontites.
Os exames revelaram que os antibióticos ajudaram a promover uma melhor recolonização do biofilme dos pacientes, que apresentou maior proporção de bactérias benéficas do que patogênicas em comparação com o dos pacientes que só receberam o tratamento convencional.

“Constatamos que nos pacientes que não tomaram antibióticos houve um retorno maior e mais rápido dos patógenos após o tratamento, enquanto a microbiota dos que receberam a medicação se manteve mais estável e mais benéfica, o que resultou na melhora dos parâmetros clínicos, como redução de sangramento e regressão da doença”, disse Feres.
Os pesquisadores estão com um novo artigo em fase final de avaliação no mesmo periódico – o primeiro foi publicado em 2010 –, com os resultados de um estudo envolvendo 120 pacientes adultos, em que demonstram que a recolonização benéfica se manteve em um período de um ano em pacientes com periodontite crônica – outro tipo de periodontite com maior prevalência em adultos.

Fator de risco para alterações sistêmicas

As periodontites são causadas pela colonização da boca por determinadas espécies de bactérias que podem ser transmitidas dos pais para os filhos e que podem se reproduzir na margem da gengiva quando há uma baixa resistência do hospedeiro.
Ao colonizar a margem da gengiva, o organismo tenta se livrar delas, desencadeando um processo inflamatório de evolução rápida, que produz metabólitos que degradam os tecidos em volta dos dentes e os ligamentos periodontais (os ossos de suporte).


Por estar associada a uma carga muito alta de bactérias agressivas à saúde, alguns estudos recentes em uma área da periodontia, chamada medicina periodontal, têm sugerido que as infecções periodontais podem funcionar como fator de risco para outras alterações sistêmicas, como parto prematuro, doenças cardiovasculares e infecções pulmonares.

“As bactérias podem se alojar em outro local do organismo, além da boca, e desencadear uma reação sistêmica. Mas essas associações ainda não estão totalmente demonstradas”, ressalvou Feres.
Em 2004, a pesquisadora e seu grupo participaram de um estudo internacional que comparou a microbiota de pacientes com periodontite no Brasil, Chile, Suécia e Estados Unidos. O estudo demonstrou que a composição das bactérias da boca pode variar entre os diferentes países.
“É importante que sejam realizados estudos sobre microbiota de pacientes com periodontite em diferentes regiões geográficas porque futuramente isso pode resultar em tratamentos específicos para cada tipo da doença”, afirmou Feres.

Os pesquisadores da UnG realizam uma triagem de pacientes para realização de novos estudos tanto para tratamento das periodontites como da periimplatites – uma infecção que ocorre ao redor de implantes dentários.


O artigo Short-term benefits of the adjunctive use of metronidazole plus amoxicillin in the microbial profile and in the clinical parameters of subjects with generalized aggressive periodontitis(doi: 10.1111/j.1600-051X.2010.01538.x), de Feres e outros, pode ser acessado gratuitamente no site do Journal of Clinical Periodontology em onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1600-051X.2010.01538.x/full.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Odontogeriatria



Uma especialidade odontológica relativamente nova, que cuida dos pacientes da melhor idade.

Mas por que um dentista especialista em idosos?

Existem muitas respostas para esta pergunta. Com uma melhora na qualidade de vida e os avanços da medicina e das ciências em geral, as pessoas estão vivendo mais. A expectativa de vida dos brasileiros fica em torno de 73 anos e o odontogeriatra se depara com 2 situações:

1 – O idoso está perdendo seus últimos dentes.

Seu destino, o último recurso odontológico para reestabelecer dentes e mastigação: a prótese total, mais conhecida como dentadura.

Esta situação tem todo um fundo psicológico, pois a perda de todos os dentes é um fato extremamente traumático, sem contar que o usuário de uma prótese total precisará aprender, novamente, a mastigar, falar e respirar. A boa notícia é que os implantes tem ajudado muito esses pacientes!

É o caso das “Overdentures” (dentadura encaixada sobre implantes), onde os implantes proporcionam maior estabilidade da prótese e maior condição mastigatória.

2 – O idoso ainda mantém seus dentes ou a maioria deles.

Neste caso, necessitará de tratamento de Periodontia (raspagem e limpeza de tártaro) que devem ser feitos para evitar a perda de mais dentes e para diminuir as infecções na boca, que podem ir para outros lugares do corpo. Os velhinhos também sofrem com o escurecimento dos dentes, a diminuição de saliva por conta de alguns medicamentos que precisam tomar e problemas na boca relacionados a problemas digestivos como refluxo. Tudo isso deve ser acompanhado e geralmente, o dentista trabalha em conjunto com o médico do paciente.


Outro fator importante é que o odontogeriatra deve oferecer um consultório com a melhor mobilidade possível, sem escadas ,além de uma cadeira de atendimento confortável, pois muitos idosos sofrem de problemas de locomoção após quedas ou quadros de artite, artrose ou osteoporose.

As consultas são um pouco mais longas que o normal, pois deveremos respeitar o tempo de cada um .

Muitas vezes, dependendo da avaliação médica, deve-se fazer uma terapia profilática com antibióticos, isto é, o paciente deve tomar uma dose de antibióticos antes das consultas, para evitar riscos maiores para sua saúde.

Então, se você está na fase da melhor idade, vale à pena procurar um dentista especialista para ter um acompanhamento de saúde mais voltado para sua faixa etária.


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Como manter o sorriso bonito e saudável

Muito mais do que ter dentes bem branquinhos iguais aos das celebridades, mantê-los em ordem significa cuidar da saúde. Alguns problemas como doenças do coração podem estar associados à condição dos seus dentes. O site Health listou algumas dicas para tratar a saúde bucal.

Aos 30 anos: preste atenção aos hormônios

A gravidez faz com que a visita ao dentista seja necessária. Níveis mais altos dos hormônios estrogênio e progesterona podem deixar as gengivas mais sensíveis e suscetíveis a infecções secundárias. Passar fio dental é primordial, porque ajuda a reduzir o risco de periodontite. Estudos têm relacionado a doença periodontal não tratada com o nascimento de bebês prematuros e de baixo peso.

Faça escovação correta


Na hora de escovar os dentes, a recomendação é usar uma escova macia com cerdas arredondadas e de náilon. Faça movimentos circulares num ângulo de 45º na linha da gengiva. Se doer ou sangrar continue o mesmo procedimento. E passe bastante fio dental, quanto mais usá-lo, mais as gengivas ficam resistentes.

Pare de fumar

Tente parar de fumar, pois os fumantes têm três vezes mais chances de desenvolver doença periodontal. Além disso, a recuperação não é tão boa após o tratamento quanto os não fumantes.

Dê um tempo em refrigerante diet

Mesmo sem açúcar, o refrigerante diet pode prejudicar os dentes , principalmente os compostos à base de cola, já que possuem alto teor de ácido, que enfraquece o esmalte dentário.

Aos 40 anos: vá ao dentista

Algumas doenças graves podem ser detectadas com uma visita ao dentista. A gengivite, por exemplo, pode ser um sinal de diabetes não controlada. Além disso, o câncer bucal é mais comum após os 40, o seu dentista poderá detectar alguns sintomas, como inchaço anormal ou feridas, bem como lesões indolores.

Tente desestressar


Ranger ou apertar os dentes (o que se intensifica se você está estressado) pode causar desgaste excessivo e até rachaduras e lascas dentárias. Se você tem alguns destes sintomas, o dentista pode lhe prescrever um protetor bucal, que geralmente é feito à base de silicone. Tente maneiras de se livrar do estresse, como fazer exercícios físicos e manter um tempo para o lazer.

Renove as obturações
Obturações e coroas se desgastam com o tempo. E um dente rachado ou lascado pode ser uma porta de entrada para bactérias e uma consequente deterioração dentária.

Aos 50: cuide dos seus ossos
A perda óssea é uma das principais razões para as pessoas perderem os dentes. Por isso é importante manter uma dieta saudável, com ingestão de cálcio e vitamina D. Se você tiver histórico familiar de osteoporose, exames dentários são necessários, já que uma radiografia pode detectar degeneração óssea.

Lave a boca

Alguns medicamentos, como antidepressivos, para o coração ou para a dor podem secar a boca, o que aumenta o risco de cárie. Se você tem a boca seca, a dica é enxaguar com um pouco de fluoreto (forma iônica do flúor), o que ajuda a proteger o esmalte. Beber muita água e mascar chicletes sem açúcar também podem colaborar para combater o problema.

De olho no coração

Estudos mostram que pessoas com doença periodontal podem ter maiores riscos de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, possivelmente porque a infecção aumenta a inflamação por todo o corpo. Portanto, faça visitas periódicas ao dentista. E sorria!

Fonte: saude.terra.com.br
Fotos : Google

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Hipersensibilidade Dentinária



O que é hipersensibilidade (hiperestesia) dentinária?

 
É a dor que ocorre, geralmente na região do colo do dente, próxima à gengiva, provocada pela escovação, ingestão de alimentos frios, doces, frutas cítricas etc. A dorcessa assim que o estímulo é removido, é de curta duração, tendendo a desaparecer com a mesma rapidez com que se inicia. Assim, a hipersensibilidade nunca começa espontaneamente como acontece comumente com outras causas de dor nos dentes. Entretanto, a distinção entre hipersensibilidade e dor de dente deve ser feita pelo dentista.

A hipersensibilidade significa que a polpa dental (o “nervo” do dente) está doente?

Não, já que a dor é decorrente de mudanças de pressão dentro do dente, provocadas pela variação da temperatura ou por outros estímulos na superfície. Não tem relação com alterações patológicas da polpa dental.

Então, por que o dente dói?




Em condições normais, a coroa do dente (a parte exposta na cavidade bucal) é recoberta pelo esmalte, estrutura resistente às pressões e ao desgaste decorrentes da mastigação. Essa estrutura é praticamente impermeável e definitivamente insensível aos estímulos. As raízes são recobertas por outro tipo de estrutura, denominada cemento. Com o passar do tempo, esmalte e cemento sofrem degradações que expõem a dentina, estrutura também dura e resistente e que abriga a polpa dental. Dessas estruturas, somente a dentina apresenta sensibilidade. A dentina é bastante permeável, constituída de milhões de canais microscópicos que, em teoria, ligam a polpa com meio externo quando o esmalte ou o cemento são desgastados. Sem o cemento e o esmalte, a dentina fica sem proteção e sujeita às agressões do meio externo.

Qual a relação da hipersensibilidade dentinária com as lesões cervicais não cariosas?

A hipersensibilidade dentinária ocorre mais comumente na região cervical do dente (colo), onde o esmalte e o cemento são degradados com maior freqüência, expondo a dentina. Quando essa exposição dentinária não é provocada por processo de cárie dental, a área exposta é considerada uma lesão cervical não cariosa . A prevalência dessas lesões é alta, e pode-se antecipar que, em algum momento da vida, qualquer indivíduo poderá ter, pelo menos, um dente com lesão cervical não cariosa.

Quais as causas mais comuns de lesões cervicais não cariosas?


Essas lesões são resultado de uma interação de fatores, em que os mais importantes são a oclusão (contato entre os dentes antagonistas), a alimentação rica em ácidos (frutas cítricas e refrigerantes em excesso, por exemplo) e a escovação dental. A oclusão promove a fadiga das estruturas dentárias na região do colo, as substâncias ácidas causam a dissolução do esmalte e a escovação remove mecanicamente o esmalte enfraquecido ou dissolvido. Por isso o uso de escovas dentais super macias é indicado nestes casos!!!!!
Fatores sistêmicos também podem contribuir para a degradação das estruturas dentárias, tais como refluxo gastroesofágico, bulimia, hipertireoidismo e qualquer outra doença que reduza o fluxo salivar.

Como tratar a hipersensibilidade dentinária?
O dentista deve empregar os recursos dessensibilizadores (o que pode incluir a restauração das lesões e ajustes oclusais) para reduzir o desconforto imediato da dor e, complementarmente, eliminar as causas da exposição dentinária para impedir a recorrência da hiperestesia.
Hoje também podemos contar com a ajuda indispensável das pastas de dente dessensibilizantes como a Colgate Sensitive Pró-Alívio, a Oral B Pro Sensitive ou a Sensodyne Alívio Rápido que proporcionam alívio rápido e efeito duradouro quando usados continuamente.

Fonte: Orientando o paciente -  Revista APCD - nov.2010

domingo, 6 de maio de 2012

Câncer Bucal - parte II



Quais são os tipos de lesões bucais mais comuns causadas pela radioterapia
Dr. Douglas Guedes Castro - As mais frequentes são as exulcerações (mucosite). Há, também, alterações funcionais frequentes, como a disgeusia e xerostomia.
Como esse tipo de terapia pode causar tais problemas?
Dr. Douglas Guedes Castro - As exulcerações ocorrem devido à morte, causada pela radiação ionizante, dos tecidos altamente proliferativos, como as células que compõem o epitélio de revestimento da mucosa bucal.
Como é o tratamento dessas lesões?
Dr. Douglas Guedes Castro - O tratamento pode ser realizado de diversas maneiras, varia desde o uso de anti-inflamatórios tópicos (ou sistêmicos), e bochechos com agentes alcalinizantes, até, mais recentemente, a utilização do laser de baixa potência. Importante ressaltar que medidas de suporte nutricional, hidratação, restrição ao uso do tabaco, álcool, alimentos picantes e o tratamento de infecções oportunistas - como a monilíase - auxiliam na prevenção ou atenuação da mucosite.
Há procedimentos odontológicos indicados para quem está fazendo radioterapia? Indica-se um acompanhamento especial?
Como o cirurgião-dentista pode preparar-se para isso?
Há como evitar essas lesões?
Dr. Douglas Guedes Castro - Sim. Normalmente, solicita-se uma avaliação prévia no início da radioterapia ao odontologista para definição, por exemplo, quanto à necessidade de procedimentos invasivos. Estes, se realizados após a radioterapia, aumentam o risco de complicação, como a osteorradionecrose. Além disso, desde o momento inicial, é feita orientação quanto às medidas preventivas dos efeitos radioinduzidos na mucosa bucal. Durante o tratamento, também recomendamos o seguimento, se possível semanal, para aplicação das eventuais medidas de suporte citadas. A mucosite não pode ser evitada, mas seus efeitos podem ser bastante atenuados com um seguimento adequado.
Os avanços tecnológicos na radioterapia têm melhorado a incidência desses problemas? Qual a diferença entre o passado e o cenário atual?
Dr. Douglas Guedes Castro - Especificamente em relação à mucosite, as novas tecnologias pouco têm auxiliado, ainda mais se considerarmos que é cada vez mais frequente a concomitância de tratamentos sistêmicos. Entretanto, já há evidências contundentes de que a radioterapia com intensidade modulada (IMRT), técnica mais recente, está associada à redução significativa do risco de xerostomia. O advento da IMRT, que é utilizada principalmente na cabeça e no pescoço, permite a redução de dose nas glândulas salivares, cavidade oral e faringe, o que pode reduzir, em alguns casos, a intensidade da mucosite e da disfagia.
Quais são as promessas da tecnologia para o futuro?
 Com o tempo, a tendência é a terapia ficar menos agressiva e causar menos problemas?
Dr. Douglas Guedes Castro - A tendência é que os tratamentos sejam menos agressivos, seja pela evolução tecnológica que permitirá uma redução mais efetiva da dose nas estruturas normais, ou pela melhor seleção dos pacientes que devem ser submetidos aos tratamentos combinados.

Fonte:  Site ImplantNews-PerioNews
Fábio Abreu Alves  - Diretor de Estomatologia  - Hospital A. C. Camargo
Douglas Guedes Castro - Radiologista Oncológico  -  Hospital A. C. Camargo

terça-feira, 1 de maio de 2012

Câncer Bucal - parte I


Orientações sobre os sintomas, os tratamentos e as sequelas que o câncer bucal pode causar no paciente.

De acordo com Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que haja 14 mil novos casos da doença no Brasil. Esse tipo de câncer pode atingir a mucosa bucal, a gengiva, o palato duro, a língua e o assoalho da boca. O câncer de lábio é mais frequente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. Já os que ocorrem em outras regiões da boca, acometem principalmente os fumantes - e esse risco aumenta, sobretudo, quando além de tagabistas são alcoólatras.
Quais são as principais causas de câncer bucal? Como é possível preveni-lo? Atinge quais faixas etárias?
Dr. Fábio Abreu Alves - A radiação dos raios solares é a principal causa de câncer de lábio, sendo o inferior o mais acometido devido a sua exposição direta a estes raios. Contudo, para os cânceres localizados dentro da boca o cigarro é o principal fator. Várias pesquisas mostram que aproximadamente 90% das pessoas com câncer de boca fumam. Também é bem conhecido que a bebida alcoólica potencializa a ação dos elementos cancerígenos do cigarro.
O câncer de boca atinge, principalmente, homens com mais de 40 anos. No entanto, nos últimos anos, o número de mulheres atingidas por este câncer tem aumentado. Principalmente porque estão fumando e bebendo mais.
A prevenção do câncer bucal está diretamente relacionada ao hábito de não fumar, ao consumo moderado de bebidas alcoólicas e à boa alimentação (rica em frutas e vegetais). Outro fato importante seria a consulta regular com cirurgiões-dentistas especialistas em diagnóstico de doenças da boca.
Quais são os principais sintomas? É simples identificar a doença desde o início? Quais são as lesões mais comuns?
Dr. Fábio Abreu Alves - A doença pode surgir sem manifestar nenhuma sintomatologia e, normalmente, apresenta-se na forma de feridas que não cicatrizam. Alguns casos podem evoluir de uma placa branca, conhecida como leucoplasia, ou de uma lesão avermelhada, a eritroplasia.
O diagnóstico do câncer bucal nas fases iniciais pode ser uma tarefa complicada, principalmente por que o paciente não apresenta sintomas e, desta forma, não procura o profissional para diagnóstico. Atualmente, no Brasil, mais de 70% dos casos são diagnosticados em uma fase mais avançada da doença.
Um dado importante é que apenas 1/3 dos pacientes com câncer de boca procuram dentistas. E, geralmente, os que procuram não o fazem por julgar que este profissional possa fazer o diagnóstico, e sim porque atribuem a presença da lesão a traumas provocados por dentes ou próteses. Sendo assim, os profissionais da saúde, principalmente dentistas, devem ficar atentos para lesões brancas, vermelhas e úlceras que não cicatrizam.
Sobre o tratamento, há outras opções além da radioterapia, algum tipo de terapia alternativa? Como funciona?
Dr. Fábio Abreu Alves - O diagnóstico precoce, ou seja, de tumores pequenos, é extremamente importante, pois 90% desses pacientes podem ser curados, comparados com menos de 30% dos pacientes que estão com tumores avançados.
O tratamento do câncer bucal pode ser feito por cirurgia ou radioterapia. A quimioterapia não é uma terapia curativa quando usada isoladamente. De um modo geral, o tratamento dos casos iniciais é feito por cirurgia, devido à alta curabilidade, rapidez de execução, diminuição de problemas funcionais e ausência de outras sequelas. A radioterapia, que oferece taxas de cura igualmente altas (cerca de 80% para os casos iniciais), está associada ao aumento de custos e ao elevado número de sequelas imediatas e tardias importantes.
Por outro lado, para tumores avançados, através da combinação de modalidades de tratamento, como a cirurgia e a radioterapia, consegue-se o controle da doença em cerca de 50% dos casos em estágio III e 30% em estágio IV.
Para tumores de orofaringe e laringe, a radioterapia e a quimioterapia apresentam-se como opções de tratamento além da cirurgia. Vale a pena ressaltar que o tratamento deve ser definido por cirurgiões de cabeça e pescoço em conjunto com radioterapeutas e oncologistas.
Finalmente, para casos muito avançados e irressecáveis, a única alternativa é a utilização de radioterapia ou a associação de radioterapia com quimioterapia - com resultados muito pobres.
Nessa fase, o cirurgião-dentista tem papel fundamental na reabilitação dos pacientes, bem como o controle dos efeitos colaterais que podem aparecer na cavidade oral.




Fonte:  Site ImplantNews-PerioNews
Fábio Abreu Alves  - Diretor de Estomatologia  - Hospital A. C. Camargo
Douglas Guedes Castro - Radiologista Oncológico  -  Hospital A. C. Camargo