terça-feira, 30 de agosto de 2011
Doar dentes poderá ajudar pacientes com doenças que não têm cura
As células-tronco, que podem ser a chave para a cura de dezenas de doenças, são encontradas na polpa dos dentes de leite.
As pesquisas estão em andamento, mas trata-se de uma possibilidade promissora, dada a facilidade e os baixos custos para consegui-las.
Como os resultados das novas pesquisas estão sendo muito favoráveis, pode ser que, no futuro, esse tipo de coleta nas universidades seja aberta a doadores voluntários.
É um gesto simples, mas que pode ser extremamente importante para o desenvolvimento da ciência e, futuramente, para a vida de pessoas que sofrem com doenças que não têm cura, como a tetraplegia.
Por enquanto o uso das células-tronco obtidas a partir de dentes de leite está restrito às pesquisas nas universidades e os dentes de leite são coletados no local onde a pesquisa está sendo realizada.
O uso de dentes de leite em pesquisas genéticas é bem recente e devemos estar conscientes da importância da doação dos dentes de leite para esse tipo de banco.
Os dentinhos que já foram extraídos ou esfoliados a bastante tempo não podem mais ser usados na pesquisa de células-tronco, mas podem ir para o Banco de Dentes Humanos e ser reutilizados nas faculdades de odontologia para ensino e pesquisa.
As células-tronco encontradas na polpa dos dentes de leite podem se transformar em outras células capazes de formar dentina, substância do dente, bem como osso, cartilagem, vasos sanguíneos e até neurônios. O dente é formado por esmalte, dentina e polpa.
Na Universidade de São Paulo (USP), as pesquisas estão sendo realizadas com cobaias e os resultados são bastante promissores. Estima-se que em 5 a 10 anos as células-tronco poderão ser usadas em humanos.
Como a célula-tronco está na polpa do dente, é necessário tomar uma série de cuidados para que a doação seja efetiva. Ao cair, o dente deve ser colocado em uma solução que permita a cultura de células. Em casa, pode ser usado o soro fisiológico. “O dente que caiu deve ser colocado na solução e levado para o laboratório”. O prazo máximo é de 24 horas. Depois desse tempo as células morrem. Mesmo assim, os dentes de leite continuam sendo importantes para a pesquisa e podem ser encaminhados para os bancos de dente humano, nas faculdades de odontologia. Quem é adulto e tem os dentes de leite guardados ainda pode doá-los para os bancos de dentes.
Multiuso
O banco de células-tronco de dente de leite está sendo criado na Faculdade de Odontologia da USP. As células-tronco podem ser usadas de três maneiras – terapia celular, quando a célula-tronco é colocada no local para se transformar em outra célula; terapia genética, quando é usada para promover uma correção na sequência do DNA; e na engenharia tecidual, quando contribuem para a formação de novos tecidos e órgãos, como, por exemplo, as células-tronco usadas para formação de um outro dente.
Quando os primeiros bancos surgiram, os dentes de leite eram reaproveitados como material de restauração. Atualmente, todas as faculdades de odontologia contam com tais bancos para a pesquisa e treinamento laboratorial dos estudantes. São chamados biobancos, pois armazenam dentes de leite (decíduos) e permanentes, que depois de extraídos são doados.
Quando o dente fica anos guardado, ele desidrata e, por isso, costuma ter algumas fissuras. Mesmo nesse estado, a doação é bem-vinda.
O próximo passo será a criação de um Museu de Dentes Humanos, que deve ser inaugurado em São Paulo no semestre que vem.
fonte: José Carlos Pettrossi Imparato, coordenador do Banco de Dentes Humanos da Faculdade de Odontologia da USP.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Cientistas brasileiros criam dentes com células-tronco
Todo o processo se baseia nas técnicas da chamada engenharia tecidual
Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) tentam desenvolver dentes a partir de moldes biodegradáveis e células-tronco. Os primeiros experimentos, feitos em ratos, já mostraram resultados positivos e os cientistas conseguiram criar dentes nos animais.
Foi possível encontrar incisivos centrais, por exemplo, nas estruturas implantadas. Numa primeira fase foram implantadas células num omentum de rato. Omentum é uma película que reveste todas as víceras. Essa estrutura foi utilizada porque ela é extremamente vascularizada e isto permite a nutrição das células implantandas. Nesse molde, as células-tronco foram depositadas e ocorreu o desenvolvimento de um "dente". Entretanto, nesses primeiros ensaios, não se tinha o controle da forma do dente, nem do seu volume.
Trabalhando nas pesquisas desde 2001, a Dra. Mônica e o Dr. Silvio Duailibi - continuaram a desenvolver o projeto até que, em 2008, publicaram os resultados dos implantes que fizeram nas mandíbulas dos animais.
Segundo os pesquisadores,esses implantes também foram positivos, mas isso em caráter experimental.
Atualmente estão avançando nas pesquisas .Coletam células de descarte de dentes humanos e processam essas células em laboratório, analisam em quanto tempo elas mineralizam, qual é a estabilidade e a saúde destas células. Posteriormente colocam essas células num arcabouço, que tecnicamente se chama de scaffold, na forma de dentes e implantam em animais que não tem imunidade, para não causar rejeição" .
Engenharia tecidual
Todo o processo se baseia nas técnicas da chamada engenharia tecidual, que procura reunir os princípios da biologia com técnicas da engenharia, principalmente a computacional. Com a união das técnicas, é possível elaborar a forma dos dentes e alcançar não só a reparação, mas a regeneração.
Através de uma tomografia computadorizada pode-se dimensionar volumetricamente a estrutura, que pode ser um molar, pré-molar, canino ou um central, por exemplo.Essas informações são passadas por meio de um software para um aparelho de prototipagem rápida, também conhecido como fabricação aditiva e geram uma estrutura tridimensional
Essa estrutura é feita de material bioreabsorvível ou biocompatível e tem completa aceitação no organismo, fazendo com que as células se amoldem e se diferenciem dentro dela. Após o processo de diferenciação celular, o organismo reabsorve os elementos, deixando apenas a estrutura de um dente .
Rejeição
A rejeição não é um fator problemático quando o próprio receptor fornece as células. Mas em casos onde isso não é possível, a opção seria a tecnologia já disponível nos dias de hoje, ou seja os implantes metálicos.
A engenharia tecidual só será bem vinda se conseguirmos fazer com que o doador e o receptor sejam os mesmos indivíduos, para que não se tenha rejeição. Se as células são provenientes de indivíduos diferentes, será necessário submeter este individuo à drogas imunossupressoras. É como um transplante de órgãos.
Iremos, nestes casos, nos deparar com outra situação que é a dos efeitos colaterais dessas drogas.
Portanto, se para reabilitar uma boca tivermos que submeter um indivíduo a essa nova terapia, utilizando células diferentes, a tecnologia hoje disponível é melhor , pois não gera resposta imunológica ao paciente.
Outro problema é que os cientistas ainda não têm certeza de que o material biológico possa ser devolvido para os indivíduos sem o risco de promover a formação de um tumor, ou de outro tecido que não o esperado.
As pesquisas são promissoras e no futuro, poderemos devolver para o paciente uma estrutura exatamente igual ao dente original. Ou seja, iremos implantar no interior do osso celulas que irão erupcionar como erupcionaria um dente normal.
Essa é a esperança de se criar uma terceira dentição para as pessoas que tenham um problema genético com ausência dos dentes, ou que os tenham perdido por algum trauma ou doença.
sábado, 20 de agosto de 2011
A saúde começa pela boca
O organismo humano funciona como uma orquestra: cada órgão cumpre o papel de um instrumento. E, quando um desafina, o corpo todo pode ser afetado. Quando a saúde bucal não está em harmonia, as bactérias e os fungos naturais dessa região podem se proliferar e atingir outros órgãos.
Cuidar dos dentes não é apenas questão de estética, e sim de saúde. De acordo com a American Dental Association (ADA), problemas bucais, como doença crônica gengival (periodontite), podem acarretarinclusive males no coração e nos pulmões.
Diversas doenças sistêmicas – aquelas que eventualmente afetam todo o organismo – podem ter origem em infecções orais. Um exemplo é a endocardite bacteriana, infecção grave das válvulas cardíacas ou das superfícies do coração, cuja bactéria que causa o problema pode ser proveniente de falta de cuidados com a higiene oral, como não escovar os dentes, e de doenças bucais existentes.
Entre os problemas bucais mais comuns na população brasileira está a gengivite, que, quando não tratada, pode evoluir para a periodontite. Conforme a Associação Brasileira de Odontologia, menos de 22% de adultos e 8% dos idosos têm as gengivas totalmente saudáveis.
As complicações surgem quando a placa bacteriana não é removida e, assim, inicia-se a inflamação da gengiva. Suas características mais conhecidas são a vermelhidão, inchaço e o sangramento.
Quando acumulada por um período maior, a placa começa a endurecer pela deposição de sais minerais da saliva e dá origem ao cálculo dental – o tártaro – o qual fica firmemente aderido ao dente. A escovação já não é capaz de removê-lo e, se o cirurgião-dentista não atuar, inicia-se uma destruição progressiva e irreversível das estruturas que sustentam os dentes: osso alveolar e ligamento periodontal.
Assim, um simples problema bucal se transforma em um caso mais sério, a periodontite. Essa inflamação resulta em sangramento, sensibilidade, retração da gengiva, mau hálito, mobilidade e pode levar à perda dental. O grande problema da doença periodontal é que, na maioria das vezes, se comporta de forma silenciosa e assintomática e, quando o paciente percebe, já existe um comprometimento severo da estrutura dentária.
Os problemas bucais não param por aí. Segundo a Associação Brasileira de Odontologia, 60% das crianças têm cárie, muito comum nessa fase da vida. É uma doença infectocontagiosa, ou seja, trasmissível. A cárie surge a partir de resíduos alimentares que permanecem em contato com os dentes e são utilizados pelas bactérias presentes na boca. Assim, surge a placa bacteriana e, a partir dessa interação, há produção de ácidos que podem destruir as estruturas dentais.
Se não for diagnosticado rapidamente, esse processo evolui e pode levar à morte da polpa – nervo responsável pela vitalidade do dente – e até à formação de um abscesso, coleção de pus com a presença de bactérias. Nesses casos, a preocupação é grande, pois existe o risco de uma infecção local se disseminar para outras partes do organismo.
Entre os motivos que levam ao problema estão sobretudo a má alimentação, o que inclui a alta ingestão de açúcar, e a falta de higiene. As orientações para evitar cáries na infância devem começar com as mães ainda gestantes, pois alguns fatores podem interferir no desenvolvimento dos dentes do bebê. Determinados antibióticos, como a tetraciclina, administrados em gestantes ou lactantes podem causar descoloração ou manchas.
Apesar de a cárie e a doença periodontal serem os principais e mais comuns problemas bucais, existem outras complicações que merecem destaque e alerta.
Câncer bucal
Mais frequente no lábio inferior, é um tumor que pode afetar todas as estruturas da cavidade oral. A incidência é alta no Brasil, com mais de 10 mil novos casos por ano, levando ao óbito cerca de 3.500 pessoas. No início, surge uma ferida na boca que não provoca dor, mas não cicatriza. Os principais fatores de risco são:
idade superior a 40 anos
fumo de cachimbos e cigarros
consumo de álcool em excesso
má higiene bucal
uso de próteses dentárias mal-ajustadas
O diagnóstico precoce é fundamental para a cura. Se houver qualquer alteração de cor e volume na boca, é necessário procurar o cirurgião-dentista.
Herpes
Costuma aparecer depois de situações que provocam baixa resistência imunológica, como estresse. Na fase inicial, o paciente pode apresentar ardor, coceira e a região fica mais avermelhada. A partir daí aparecem as vesículas, fase considerada contagiosa. Nesse período, é necessário atenção para evitar o uso conjunto de talheres, copos, entre outros objetos.
Mau hálito
Ocorre por inadequada higiene bucal, gengivite, ingestão de determinados alimentos, como molhos picantes, tabaco, boca seca e doenças do estômago, fígado e rins. Pode ser mais evidente no período matutino, devido à menor produção de saliva durante a noite, o que contribui para a deterioração dos ácidos e de outras substâncias no interior da boca.
Aftas
São ferimentos na mucosa, de coloração branca e avermelhadas ao redor. Nao existe uma causa específica para seu aparecimento e podem ser consideradas uma alteração no sistema imunológico. Duram de uma a duas semanas.
Cuidados essenciais
Outro fator importante é que a saúde bucal é necessária para a pessoa desempenhar de forma adequada a mastigação e a deglutição. Além disso, colabora com a aceitação social e melhora da autoestima, pois um sorriso harmônico significa não só saúde, mas também bem-estar.
Todos esses problemas podem ser tratados, porém os odontólogos alertam os pacientes sobre a importância da prevenção e de diagnósticos prematuros. Para tanto é preciso visitar periodicamente o dentista. Outro conselho é alimentação saudável, com pouca ingestão de açúcares, esse é o primeiro passo para a saúde bucal. Há ainda outros fatores essenciais que devem ser levados em conta: higiene oral correta, por meio de escovação dos dentes e da língua, uso de fio dental, para alcançar regiões que a escova não alcança, e uso de enxaguatório bucal.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Biossegurança em Odontologia
A biossegurança é atualmente, preocupação mundial em todos os serviços de saúde .
Enquanto novas técnicas odontológicas avançam rapidamente em busca do "sorriso perfeito", boa parte dos profissionais ignora protocolos básicos de controle de infecção .
O atendimento odontológico expõe o profissional e seus pacientes a um contato com inúmeros microorganismos. Doenças como AIDS, Hepatite C, Tuberculose Multirresistente e Pneumonia Asiática, dentre outras, são atualmente o principal foco de preocupação da OMS (Organização Mundial da Saúde).
A OMS elegeu inclusive a HEPATITE C como DOENÇA DO TERCEIRO MILÊNIO (assintomática em 90% dos casos, não existe vacina, tratamento de alto custo e de fácil transmissão em atividade de risco).
O consultório dentário é, a princípio, um ambiente de promoção de saúde. Mas poucos imaginam que pode ser também um lugar de propagação de doenças. Materiais esterilizados incorretamente, equipes sem o devido equipamento de proteção e procedimentos clínicos inadequados podem contribuir para que infecções sejam transmitidas do paciente para o dentista e deste para outro paciente, ou até de um paciente para outro através de instrumental e objetos contaminados -- processo conhecido como 'infecção cruzada'.
Órgãos estaduais e municipais têm desenvolvido protocolos de biossegurança por orientação da ANVISA (Agência Nacional da Vigilância Sanitária) ,os quais devem ser seguidos por todos os profissionais da área de saúde .
Embora amplamente divulgada a importância de se seguir um protocolo rígido de biossegurança, existe ainda uma resistência da maioria dos profissionais, com os mais variados argumentos: "a máscara atrapalha a respiração", "o óculos de proteção embaça","a luva prejudica o tato nos procedimentos". É necessária uma profunda reflexão da classe odontológica acerca do assunto, não só no aspecto legítimo de promoção de saúde mas no mercadológico. Nos últimos anos a Biossegurança tem se tornado, mais do que necessidade, um diferencial na prestação de serviço ao paciente.
A Biossegurança Odontológica é sustentada por três grandes pilares:
Proteção Individual (profissionais, pacientes e descarte dos resíduos).
Desinfecção e Trocas de Barreiras (condutas no atendimento, materiais descartáveis).
Esterilização e Monitorização.
Todos os instrumentos devem ser lavados adequadamente e de preferência utilizando-se uma cuba ultrassônica com detergentes específicos que irão promover uma limpeza mais efetiva.
Dos métodos de esterilização destaca-se por sua eficiência e praticidade - a autoclave - método de esterilização por calor úmido sob pressão - utilizada em todos os serviços hospitalares. Sua utilização adequada confere segurança ao paciente, otimização do tempo, economia de instrumental A maioria dos autoclaves realiza seus ciclos entre quinze e vinte minutos numa temperatura de 134ºC e 121ºC.
Além da esterilização por autoclave, métodos químicos são comumente utilizados para materiais termo-sensíveis. O mais utilizado atualmente é o ácido peracético, que além de ser biodegradável, esteriliza em uma hora.
É importante ressaltar que a eficiência da esterilização é comprovada somente com a monitorização completa, onde testes químicos e biológicos são realizados sistematicamente.
Para que os consultórios se tornem mais seguros para os dentistas e para os próprios pacientes, é necessário a correta desinfecção de superfícies contaminadas e utilização de barreiras, além da eficiente esterilização dos instrumentos, após cada troca de paciente.
Um exemplo é a aplicação de películas de PVC na proteção de superfícies de difícil esterilização e alto grau de contaminação.
Uma outra medida de segurança é oferecer ao paciente um bochecho prévio ao atendimento, à base de clorexidina. Com essa medida simples ,o índice de contaminação gerado pelo aerossol , muito comum nos consultórios dentários e responsável pela proliferação de microrganismos, pode ser reduzido em até 95% durante a primeira hora de atendimento.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Hepatite E
A quinta das hepatites virais mais comuns, é provocado por um RNA-vírus (HEV) conhecido desde os anos 80. De transmissão oro-fecal, passa a ser um problema em áreas endêmicas com saneamento básico pobre. O vírus já foi encontrado em suínos e há possibilidade de transmissão, mas não há estudos que comprovem a suspeita.
Sem vacina ou gamaglobulina específica, mas de evolução geralmente benigna. A forma fulminante é pouco frequente, sendo as gestantes um grupo de maior risco. Também não há terapia específica disponível que possa alterar a evolução da fase aguda da doença. E o tratamento se restringe ao alívio do sintomas.
HEPATITE E – Neste tipo da doença, os sinais e sintomas são semelhantes aos da hepatite A. Contudo, esse tipo é raro no Brasil. Entre 1999 e 2010*, foram registrados 874 casos da doença. Do total acumulado, mais da metade 50,6% (442) foram notificados na região Sudeste.
Sem vacina ou gamaglobulina específica, mas de evolução geralmente benigna. A forma fulminante é pouco frequente, sendo as gestantes um grupo de maior risco. Também não há terapia específica disponível que possa alterar a evolução da fase aguda da doença. E o tratamento se restringe ao alívio do sintomas.
HEPATITE E – Neste tipo da doença, os sinais e sintomas são semelhantes aos da hepatite A. Contudo, esse tipo é raro no Brasil. Entre 1999 e 2010*, foram registrados 874 casos da doença. Do total acumulado, mais da metade 50,6% (442) foram notificados na região Sudeste.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Hepatite delta, ou Hepatite D, doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite delta ou HDV (é um vírus RNA, que precisa do vírus B para que ocorra a infecção), podendo apresentar-se como uma infecção assintomática ou sintomática e nestes casos até mesmo com formas graves de hepatite.
Pode ser transmitida junto com o vírus da Hepatite B (ao mesmo tempo), e neste caso é considerada uma coinfecção. Geralmente o prognóstico é benigno ocorrendo completa recuperação, e a evolução para a forma crônica é rara; ou um paciente crônico de hepatite B, se contamina com o vírus D, ocorrendo assim uma superinfecção. Ainda que pouco frequente a forma fulminante da hepatite ocorre em maior proporção, quando o vírus delta esta presente. Na superinfecção o prognóstico é mais grave, geralmente evoluindo para cronicidade também da hepatite D, podendo haver dano hepático severo com a evolução rápida e progressiva para dano hepático.
É importante destacar que prevenir a Hepatite B também previne a Hepatite D, porem somente em relação à coinfecção. Não há vacinas específicas para o vírus D, para por exemplo, proteger indivíduos que já são crônicos para Hepatite B- contra uma superinfecção.
Prevenção- As mesmas para Hepatite B
A distribuição no mundo ainda necessita de maiores dados. Estima-se que 5 a 10% dos pacientes crônicos estejam também infectados para Hepatite D, o que nos faz pensar em números próximos a 20 milhões em todo o mundo.
domingo, 7 de agosto de 2011
Nanotecnologia reduz tempo de cicatrização de implantes dentários
Há mais de 40 anos a Implantodontia vêm conquistando a passos largos seu espaço dentro da Odontologia.
A cada dia, mais e mais pacientes se rendem à mais inevitável e honesta verdade quanto aos implantes. Sim, eles funcionam e sua instalação é mais simples do que aparenta ser.
O avanço das pesquisas científicas, procurando minimizar as chances de perda dos implantes e de redução do tempo de tratamento trouxe a resposta que todos esperavam: através da nanotecnologia e de novos tratamentos de superfície dos implantes, chegaram os implantes de cicatrização rápida ou bioreativos.
Esses implantes proporcionam aos pacientes maior segurança na fase de cicatrização óssea e acima de tudo uma redução no tempo de tratamento, pois estes implantes obtêm a cicatrização óssea definitiva chamada de osseointegração em apenas 21 dias ao invés dos 120 a 180 dias necessários para a cicatrização de implantes convencionais.
Os implantes de cicatrização óssea acelerada diferenciam-se dos implantes dentários convencionais basicamente pelo tratamento surperficial recebido no processo de fabricação. A eles são incorporados elementos como o cálcio e o fósforo, tornando a superfície do implante ativa no processo de cicatrização óssea aumentando o percentual de contato osso/implante e a densidade óssea local após a cicatrização.
Esses sistemas associados às porcelanas de última geração, proporcionam um resultado estético de excelência nas reabilitações orais.
Fonte: A Crítica
A cada dia, mais e mais pacientes se rendem à mais inevitável e honesta verdade quanto aos implantes. Sim, eles funcionam e sua instalação é mais simples do que aparenta ser.
O avanço das pesquisas científicas, procurando minimizar as chances de perda dos implantes e de redução do tempo de tratamento trouxe a resposta que todos esperavam: através da nanotecnologia e de novos tratamentos de superfície dos implantes, chegaram os implantes de cicatrização rápida ou bioreativos.
Esses implantes proporcionam aos pacientes maior segurança na fase de cicatrização óssea e acima de tudo uma redução no tempo de tratamento, pois estes implantes obtêm a cicatrização óssea definitiva chamada de osseointegração em apenas 21 dias ao invés dos 120 a 180 dias necessários para a cicatrização de implantes convencionais.
Os implantes de cicatrização óssea acelerada diferenciam-se dos implantes dentários convencionais basicamente pelo tratamento surperficial recebido no processo de fabricação. A eles são incorporados elementos como o cálcio e o fósforo, tornando a superfície do implante ativa no processo de cicatrização óssea aumentando o percentual de contato osso/implante e a densidade óssea local após a cicatrização.
Esses sistemas associados às porcelanas de última geração, proporcionam um resultado estético de excelência nas reabilitações orais.
Fonte: A Crítica
sábado, 6 de agosto de 2011
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Hepatite B - parte I
A hepatite B é uma doença infecciosa causada por um DNA vírus, (HBV). Podendo apresentar ou não sintomatologia.Adultos infectadas com o HBV, 90 a 95% se curam; 5 a 10% permanecem com o vírus por mais de 6 meses, evoluindo para a forma crônica da doença. Os pacientes com a forma crônica podem apresentar-se em uma condição de replicação do vírus (HBe-Ag reagente), o que confere maior propensão de evolução da doença para formas avançadas, como a cirrose, ou podem permanecer sem replicação do vírus (HBeAg não reagente e anti-HBe reagente), o que confere taxas menores de progressão da doença.
Nos adultos menos de 1% dos casos é fulminante.
O HVB está presente no sangue, no esperma e no leite materno, e na saliva. Por este motivo a Hepatite B é ainda de grande importância na Odontologia.
A partir de década de 90 a vacina começou a ser disponibilizada mais amplamente de forma gratuita, e hoje existe uma boa cobertura vacinal tanto para profissionais da saúde como os dentistas, quanto para acadêmicos – próxima a 90%. Infelizmente, a mesma cobertura não é encontrada entre o pessoal auxiliar de odontologia (ASB E TSB). A maioria do contingente na ativa, ainda não se beneficiou da inclusão vacina através do calendário oficial.
Embora todos os profissionais da saúde tenham o direito de receber a vacina, ainda há muita resistência desses profissionais em procurar por ela.
A vacina deve ser administrada em três doses:
Primeira dose
Segunda dose após um mês da primeira
Terceira Dose seis meses após a primeira A Organização Mundial da Saúde, não recomenda doses de reforço, uma vez que a pessoa tenha se tornado imune. É importante realizar o teste para verificar imunidade (Anti-HBs)
São beneficiados pela vacina, além de indivíduos até 24 anos de idade, as seguintes categorias:
Doadores regulares de sangue, populações indígena, comunicantes domiciliares de portadores do vírus da hepatite B, portadores de hepatite C, usuários de hemodiálise, politransfundidos, hemofílicos, talassêmicos, por- tadores de anemia falciforme, portadores de neoplasias, portadores de HIV (sintomáticos e assintomáticos), usuários de drogas injetáveis e inaláveis, pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, etc), carcereiros de delegacias e penitenciárias, homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, profissionais de saúde, manicures, podólogos, tatuadores e body-piercers, coletadores de lixo hospitalar e domiciliar, bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários envolvidos em atividade de resgate.
A vacina confere 95% de protectão aos vacinados.
Para os profissionais da saúde e de interesse à saúde que nao se imunizarem após o Segundo ciclo vicinal, no caso ocorrer exposição ocupacional à Hepatite B deve ser administrado imunoglobolina hiperimune específica.
No proximo post mais informações sore a Hepatite B: marcadores sorológicos e evolução da doença.
Se você foi diagnosticado em qualquer estágio da doença procure o seu médico o quanto antes
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Hepatite C – A epidemia do Terceiro Milênio
A Hepatite C é considerada a epidemia do terceiro milênio. Silenciosa. Uma parcela dos infectados, se recupera espontaneamente, cerca de 15 a 20%.
Dos 80 % tornam-se portadores crônicos e cerca de 15 % desenvolvem ao longo da vida cirrose hepática e/ou câncer. Alguns fatores podem contribuir para uma evolução mais grave e mais rápida da doença, como a ingestão de bebidas alcóolicas e co-infecção com HIV, HVB e HVA. Por esse motivo, portadores crônicos de Hepatite C, devem receber vacinas contra as outras hepatites.
O vírus foi isolado em 1989, dez anos depois do vírus da AIDS. Antes da descoberta do vírus, era chamada de Hepatite não A não B. Somente em 1993 foi disponibilizado o teste específico para a doença e foram iniciados os testes em doadores de sangue. Como a doença tem evolução muito lenta, ainda hoje vemos as consequências das transfusões realizadas antes dos testes, que resultaram em infecções por Hepatite B.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 3% da população mundial, cerca de 200 milhões de pessoas, se encontram infectadas.
No Brasil, não existem dados concretos do número de infectados, mas o número estimado esta entre 3 e 4,5 milhões de infectados- pelo menos cinco vezes mais que os portadores de HIV . Acredita-se que somente 5% dos infectados conhecem a sua condição.
O diagnóstico precoce e acompanhamento por especialista é fundamental para um bom prognóstico da doença.
O vírus (é um RNA vírus) se transmite somente pelo sangue. Não há comprovação de contaminação por fluidos corporais, como saliva, suor, lágrimas, sêmen ou leite materno (a mãe contaminada pode amamentar). A transmissão vertical também é considerada baixa, cerca de 5%, com risco aumentado quando a mãe é co-infectada pelo HIV. A contaminação sexual é possível, porém muito rara -menor que 3% em casais monogâmicos, sem fatores de risco para DST. Os novos casos são geralmente associados ao uso de drogas injetáveis ou aspiradas ( o canudo usado para aspirar a droga transmite o vírus quando compartilhado ), que representam 2/3 das novas infecções eacidentes com instrumentos perfuro-cortantes como agulhas, tesouras,bisturis, lâminas e alicates de unha, usados por barbeiros, manicures e pedicuros, quando não esterilizados corretamente, pois o vírus é resistentee pode sobreviver fora do organismo por até 72 horas.
Cerca de 10 a 30 % dos casos dessa infecção não é possível definir qual o mecanismo de transmissão envolvido.
Anti- HVC positivo. E agora?
Encare de frente. Procure um especialista. Um primeiro resultado positivo, não significa que a pessoa esta doente. O tese será repetido, e se positivo, ainda assim pessoa pode fazer parte daqueles 20% que se recuperam espontaneamente (sem tratamento). É necessário fazer novos testes, para verificar se o vírus está ativo (PCR), em caso positivo, novos testes serão realizados para identificar o tipo do vírus ( hoje são mais comuns 6 tipos – que por sua vez apresentam sub-tipos). No Brasil o tipo 1 ( 1a e 1b), são os mais comuns seguidos do tipo 3.
A determinação do genótipo antes do inicio do tratamento é fundamental uma vez que eles respondem de forma diferente ao tratamento, assim, alguns genótipos necessitam de 48 semanas de tratamento e outros com 24 semanas é suficiente. O teste para identificar o genótipo deve ser realizado somente uma vez, antes de iniciar o tratamento. Há casos de indivíduos infectados por mais de um genótipo, o que dificulta o tratamento, pois um deles pode rensponder e o outro não.
A grande variedade de genótipos dificulta o desenvolvimento de uma vacina efetiva contra todos eles. Um paciente curado da hepatite C apresentará imunidade para somente o genótipo original, aquele que curou, mas estará sujeito a uma nova infecção por qualquer um dos outros genótipos, motivo pelo qual os cuidados para evitar contato com a hepatite C devem ser sempre considerados.
Como prevenir a hepatite C?
Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de prevenção primárias e secundárias. As medidas primárias visam à redução do risco para disseminação da doença e, as secundárias, a interrupção da progressão da doença em uma pessoa já infectada.
Entre as medidas de prevenção primária destacam-se:
• triagem em bancos de sangue e centrais de doação de sêmen para garantir a
distribuição de material biológico não infectado;
• triagem de doadores de órgãos sólidos como coração, fígado, pulmão e rim;
• triagem de doadores de córnea ou pele;
• cumprimento das práticas de controle de infecção em hospitais, laboratórios,
consultórios dentários, serviços de hemodiálise.
Entre as medidas de prevenção secundária podemos definir:
• tratamento dos indivíduos infectados, quando indicado;
• abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias hepatotóxicas. Controle do peso, do colesterol e da glicemia são medidas que visam reduzir a probabilidade de progressão da doença, já que estes fatores, quando presentes, podem ajudar a acelerar o desenvolvimento de formas graves de doença hepática.
E você já fez um teste para HCV?
O vírus foi isolado em 1989, dez anos depois do vírus da AIDS. Antes da descoberta do vírus, era chamada de Hepatite não A não B. Somente em 1993 foi disponibilizado o teste específico para a doença e foram iniciados os testes em doadores de sangue. Como a doença tem evolução muito lenta, ainda hoje vemos as consequências das transfusões realizadas antes dos testes, que resultaram em infecções por Hepatite B.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 3% da população mundial, cerca de 200 milhões de pessoas, se encontram infectadas.
No Brasil, não existem dados concretos do número de infectados, mas o número estimado esta entre 3 e 4,5 milhões de infectados- pelo menos cinco vezes mais que os portadores de HIV . Acredita-se que somente 5% dos infectados conhecem a sua condição.
O diagnóstico precoce e acompanhamento por especialista é fundamental para um bom prognóstico da doença.
O vírus (é um RNA vírus) se transmite somente pelo sangue. Não há comprovação de contaminação por fluidos corporais, como saliva, suor, lágrimas, sêmen ou leite materno (a mãe contaminada pode amamentar). A transmissão vertical também é considerada baixa, cerca de 5%, com risco aumentado quando a mãe é co-infectada pelo HIV. A contaminação sexual é possível, porém muito rara -menor que 3% em casais monogâmicos, sem fatores de risco para DST. Os novos casos são geralmente associados ao uso de drogas injetáveis ou aspiradas ( o canudo usado para aspirar a droga transmite o vírus quando compartilhado ), que representam 2/3 das novas infecções eacidentes com instrumentos perfuro-cortantes como agulhas, tesouras,bisturis, lâminas e alicates de unha, usados por barbeiros, manicures e pedicuros, quando não esterilizados corretamente, pois o vírus é resistentee pode sobreviver fora do organismo por até 72 horas.
Cerca de 10 a 30 % dos casos dessa infecção não é possível definir qual o mecanismo de transmissão envolvido.
Anti- HVC positivo. E agora?
Encare de frente. Procure um especialista. Um primeiro resultado positivo, não significa que a pessoa esta doente. O tese será repetido, e se positivo, ainda assim pessoa pode fazer parte daqueles 20% que se recuperam espontaneamente (sem tratamento). É necessário fazer novos testes, para verificar se o vírus está ativo (PCR), em caso positivo, novos testes serão realizados para identificar o tipo do vírus ( hoje são mais comuns 6 tipos – que por sua vez apresentam sub-tipos). No Brasil o tipo 1 ( 1a e 1b), são os mais comuns seguidos do tipo 3.
A determinação do genótipo antes do inicio do tratamento é fundamental uma vez que eles respondem de forma diferente ao tratamento, assim, alguns genótipos necessitam de 48 semanas de tratamento e outros com 24 semanas é suficiente. O teste para identificar o genótipo deve ser realizado somente uma vez, antes de iniciar o tratamento. Há casos de indivíduos infectados por mais de um genótipo, o que dificulta o tratamento, pois um deles pode rensponder e o outro não.
A grande variedade de genótipos dificulta o desenvolvimento de uma vacina efetiva contra todos eles. Um paciente curado da hepatite C apresentará imunidade para somente o genótipo original, aquele que curou, mas estará sujeito a uma nova infecção por qualquer um dos outros genótipos, motivo pelo qual os cuidados para evitar contato com a hepatite C devem ser sempre considerados.
Como prevenir a hepatite C?
Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de prevenção primárias e secundárias. As medidas primárias visam à redução do risco para disseminação da doença e, as secundárias, a interrupção da progressão da doença em uma pessoa já infectada.
Entre as medidas de prevenção primária destacam-se:
• triagem em bancos de sangue e centrais de doação de sêmen para garantir a
distribuição de material biológico não infectado;
• triagem de doadores de órgãos sólidos como coração, fígado, pulmão e rim;
• triagem de doadores de córnea ou pele;
• cumprimento das práticas de controle de infecção em hospitais, laboratórios,
consultórios dentários, serviços de hemodiálise.
Entre as medidas de prevenção secundária podemos definir:
• tratamento dos indivíduos infectados, quando indicado;
• abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias hepatotóxicas. Controle do peso, do colesterol e da glicemia são medidas que visam reduzir a probabilidade de progressão da doença, já que estes fatores, quando presentes, podem ajudar a acelerar o desenvolvimento de formas graves de doença hepática.
E você já fez um teste para HCV?
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
28 de julho dia Mundial de combate às Hepatites Virais.
O dia 28 de julho foi escolhido como dia Mundial de combate às Hepatites Virais.
Durante este mês vamos colaborar com matérias relacionadas ao assunto.
Este será o primeiro ano com o envolvimento oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS) que está elaborando uma série de eventos com o intuito não somente de informar, mas de levar as pessoas a tomarem atitudes pró-ativas: realização testes para detecção do vírus, tomar a vacina para Hepatite B (e A quando disponível), participação de debates, busca de tratamentos e prevenção, tomar medidas para evitar a propagação da doença.
Segundo a OMS, uma a cada três pessoas já se infectou pelo vírus da hepatite B (cerca de 2 bilhões de pessoas), e uma em doze (cerca de 500 milhões de pessoas em todo o mundo) sofrem da forma crônica da doença (hepatite B ou C). No Brasil os dados são escassos mas estima-se que entre 1 a 3 milhões de pessoas estariam convivendo com a forma crônica – a maioria delas sem saber da sua condição.
Apesar da Hepatite uma das doenças infecciosas de maior prevalência e com possibilidade de ter formas graves hepatites B e C são responsáveis por 78% dos casos de câncer hepático – a maioria das pessoas desconhece a sua importância o que torna a sua prevenção ainda mais difícil.
FAÇA A SUA PARTE!
O teste para Hepatite B e C é o primeiro passo. É gratuito e disponível pelo SUS. Você já fez o seu?
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