A briga com a fita métrica e acentuada com a idade. Do total de brasileiros acima do peso 8,9% dos homens adultos e 13,1% das mulheres adultas do país poderiam ser considerados obesos, com IMC igual ou superior a 30.
Para esses pacientes a cirurgia bariátrica e metabólica , popularmente chamada de redução de estômago tem sido bastante indicada, pois destina-se ao tratamento da obesidade e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ela, como o diabetes e a hipertensão.
As cirurgias diferenciam-se pelo mecanismo de funcionamento, podendo ser classificadas como restritivas, por diminuir a quantidade de alimento que o estomago e capaz de comportar, disabsortivas, por diminuir a capacidade de absorção do intestino e mistas com pequeno grau de restrição e com discreta má absorção de alimentos.
Uma pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos da Obesidade do HC de São Paulo detectou alterções na saúde bucal de alguns pacientes mórbidos submetidos a este tipo de cirurgia. Eles apresentaram aumento do número de cáries, bruxismo do sono, xerostomia ( boca seca) e dentes fraturados.
Entre as hipóteses para o surgimentos dos problemas dentários nestes individuos está o fato de terem passado pelas cirurgias mais agressivas , que comprometem a absorção de vitaminas , o que pode ter enfraquecido os dentes , o fato de estes pacientes precisarem se alimentar várias vezes ao dia e nem sempre fazer a higiene correta após as pequenas refeições e pelo fato da cirurgia alterar o pH e a acidez da região estomacal, afetando também a boca e aumentando a sensação de secura, influenciado a vontade de mastigar gelo e o aparecimento de cáries.
Apesar das evidências , em termos dentários ou da cavidade bucal, não há nenhuma contraindicação à cirurgia bariátrica. Todos os problemas odontológicos observados nestes pacientes podem ser revertidos e futuramente solucionados.
Finalizando é sempre muito importante analisar os prós e contras de um ato cirúrgico, confrontando-se a expectativa de vida de um paciente portador de obesidade mórbida e sua qualidade de vida atual que , muitas vezes, vem acompanhada de comorbidades debilitantes e incapacitantes, com as possíveis complicações operatórias.
Fonte : Jornal da APCD - novembro de 2011
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