Assim como a medicina reconhece a importância da atenção à
mulher durante a gestação, a odontologia também tem buscado valorizar esta
fase.
Não há garantias de que todos os problemas sejam prevenidos,
pois são vários os fatores que interferem no desenvolvimento de uma criança e
alguns escapam de qualquer controle, como a hereditariedade que pode determinar
distúrbios independentes durante a gestação. Como exemplo são as fendas
labial-palatinas ou mesmo a ausência de germes dentários (agenesia) e os supranumerários.
O acompanhamento odontológico da gestante aumentam as
chances do bebê ter mais saúde bucal e principalmente levar a um pronto diagnóstico
de possível problema bucal com a realização de tratamento precoce reduzindo ou
mesmo eliminando fatores que venham colocar em risco a saúde do futuro bebê.
Esse acompanhamento permite compartilhar informações, educar
e sensibilizar os "pais grávidos" para melhor cuidarem de seus
filhos. Entre outras informações, os pais podem ser orientados sobre a importância
do aleitamento materno, dos hábitos e suas consequências, dos dentes decíduos, da
transmissibilidade das doenças, da higiene bucal do bebê, do momento da
primeira consulta e o papel dos pais na saúde da criança.
Para tanto, o correto seria a mulher iniciar o trabalho de prevenção
mesmo antes de engravidar, pois um bom planejamento melhora as chances de
evitar problemas no desenvolvimento do bebê.
É importante salientar que, na maioria das vezes, os riscos
dos procedimentos odontológicos no período gestacional são menores que os
riscos provocados por problemas bucais sem tratamento, pois as consequências da
dor ou de uma infecção nos dentes e gengivas, geralmente, são muito mais
prejudiciais à mãe e ao feto.
Uma alimentação equilibrada é essencial à saúde do bebê,
pois a formação e mineralização dos dentes dependem da presença adequada de
nutrientes como vitaminas, cálcio e fosfato, aumentando ainda a capacidade de produção
de leite e propiciar a amamentação, assim a grávida deve ser orientada quanto à
alimentação saudável e conscientizada sobre a frequência do consumo de produtos
açucarados nos processos DES/RE (mineralização) e a instalação da doença cárie.
Importante salientar a importância dos fluoretos na prevenção
da doença cárie, embora entendemos atualmente que os mecanismos destes são
predominantemente pós-eruptivos, portanto o uso sistêmico de suplementos a base
de fluoretos é considerada desnecessária e até mesmo contraindicada, podendo
ocorrer redução do aproveitamento do cálcio e do flúor para a gestante e o
feto. Entretanto a fluorterapia tópica é sempre considerada como medida
preventiva fortalecendo a indicação de dentifrícios, enxaguatórios e as aplicações
profissionais.
Higiene
bucal do bebê
A mãe deve iniciar a higienização bucal do bebê a partir do
3º mês, mesmo antes da erupção dos primeiros dentinhos, através de escovas próprias
para as gengivas, mordedores, dedeira e massageadores. Estes são excelentes
para introduzir a higiene bucal de maneira prazerosa e irá fazer com que o bebê
vá se acostumando a ter a boca manipulada e assim aceitará melhor a escovação
no momento que os dentinhos surgirem.
A escovação deverá ser realizada com escovas adequadas para
bebês e dentifrícios fluoretados (1.100 ppm), embora com um ALERTA! A
quantidade de dentifrício deve ser do tamanho de um grão de arroz cru.
A criança aprende pelo prazer e não pela contrariedade,
portanto este deve ser um momento agradável para facilitar a aceitação por
parte dela.
Fonte: APCD Jornal - Março 2013
Fotos: Google Imagens
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