segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Pastas e Bochechos Clareadores











 


Quais os fatores que podem contribuir para as manchas nos dentes?

•Uso do tabaco, bebidas ou alimentos pigmentados: Os pigmentos provenientes destes produtos podem manchar os dentes.

•Higiene dental inadequada: A baixa frequência de escovação e uso de fio dental ou seu uso inadequado, por permitirem o acumulo de placa bacteriana, podem causar manchas nos dentes.

Como prevenir ou remover as manchas dos dentes?
 
 
 
 
 
 
 
As mudanças no estilo de vida podem ajudar a prevenir o aparecimento de manchas nos dentes, como beber menor quantidade ou mesmo deixar de beber café, refrigerantes à base de cola, refrescos e vinho tinto.

No caso de ser fumante, o ideal seria considerar a possibilidade de parar de fumar ou pelo menos fumar um número reduzido de cigarros.

As manchas na superfície do esmalte dentário se formam quando as moléculas coloridas presentes no vinho tinto, café, tabaco, determinadas frutas e refrescos aderem à superfície do esmalte, não sendo possível tirá-las apenas com a escovação.

Uma higiene dental correta com uma pasta dental específica pode ajudar a remover e a prevenir as manchas superficiais nos dentes, embora em alguns casos apenas uma limpeza profissional é capaz de promover a remoção completa das manchas.

Como funcionam os produtos branqueadores?
 
 
 
As pastas de dente podem funcionar de formas diferentes. Algumas ajudam a polir a superfície dos dentes removendo as manchas extrínsecas (externas). Outras ajudam a suavizar as manchas da superfície dos dentes e ainda fornecem uma barreira protetora que ajuda a prevenir a formação de novas manchas.

 





Os bochechos agem de forma diferente. Em sua composição está presente o peróxido de hidrogênio, princípio ativo que reage quimicamente com os pigmentos, quebrando-o em moléculas menores e removendo-os.

Vale a pena esclarecer que tanto as pastas como os bochechos não promovem clareamento dental. Os dentes ficam com uma aparência mais branca pela remoção superficial das manchas.

O clareamento dental, processo que remove a pigmentação intrínseca (interna), só é conseguido com produtos que permaneçam em contato com a superfície dental por tempo suficiente para penetrar na estrutura e promover a sua descoloração. Este processo só é conseguido com produtos específicos que só devem ser utilizados sob supervisão de um cirurgião dentista.


O Clareamento dos dentes ocorre quando “os produtos utilizados geram moléculas de peróxido de hidrogênio e caracterizam-se pela capacidade de difusão por meio dos tecidos mineralizados em função do baixo peso molecular, promovendo uma ação clareadora por oxidação. Esse mecanismo de ação ocorre, com probabilidade, por conversão das moléculas causadoras da pigmentação em produtos intermediários, de coloração mais clara, clinicamente aceitável. Ao final do processo, provavelmente, os pigmentos geram produtos como o dióxido de carbono e água”.
Alberto Consolaro in: Reabsorções Dentárias nas especialidades clínicas - Dental Press editora, Maringá 2005

 



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Risco de doenças cardiovasculares em pacientes periodontais


                 

A periodontite pode ser classificada em crônica ou agressiva. A periodontite crônica é a forma mais comum de periodontite, sendo mais prevalente em adultos, está associada ao acúmulo de biofilme/cálculo e, geralmente, tem progressão lenta a moderada, podendo ter períodos de destruição mais rápida.
 

 
Quando o biofilme se expande para região subgengival, o epitélio é induzido a produzir mediadores bioativos da resposta de fase aguda que determinam a produção e a elevação das concentrações plasmáticas de proteína C-reativa (PCR), juntamente com fibrinogênio e proteína amilóide sérica A produzidos por hepatócitos. Além disso, a PCR tem papel importante nas doenças ateroscleróticas.
 
Há aumento das evidencias de que infecções crônicas como a periodontite, com seu mecanismo inflamatório, desempenham papeis importantes na formação da placa aterosclerótica e da doença cardiovascular. Um dos mecanismos que são propostos para explicar essas evidências é o aumento da produção de proteínas de fase aguda pelos hepatócitos estimulados por mediadores liberados nos tecidos em que está a infecção periodontal.
 
Recentes estudos sugerem que um aumento nos níveis de PCR, como o que é encontrado em paciente com periodontite, pode predizer risco para a formação de aterosclerose e doença cardiovascular. O tratamento da doença periodontal pode causar diminuição das proteínas de fase aguda, incluindo a PCR, e ser um meio de diminuir o risco de uma doença cardiovascular.
  
Este estudo buscou avaliar se a presença da doença periodontal crônica e seu subseqüente tratamento são capazes de alterar os níveis de PCR, um potente marcador para doenças cardiovasculares. Apesar de uma amostra relativamente pequena, os resultados mostraram que a doença periodontal é capaz de aumentar os níveis de PCR, colocando o individuo em risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares e que o tratamento periodontal não cirúrgico consegue diminuir os níveis dessa proteína, trazendo-os para níveis de normalidade e, conseqüentemente, diminuindo os riscos de doenças cardiovasculares.
 
Até algumas décadas atrás, acreditava-se que a doença periodontal era uma infecção localizada apenas em nível periférico, sem implicações sistêmicas. No entanto, recentes evidencias cientificas apontam que pacientes com periodontite possuem aumento de moléculas e células de inflamação na corrente sanguínea, se comparado com pessoas saudáveis, podendo agravar processos inflamatórios preexistentes pelo corpo.
 
Há, portanto, aumento das evidencias de que infecções crônicas como a periodontite, com seu mecanismo inflamatório, desempenham papéis importantes na formação de placa aterosclerótica e da doença cardiovascular.
 
 
 
 
 
O tratamento da doença periodontal em pacientes acometidos por periodontite permite avaliar se tal procedimento pode interferir nos níveis séricos de PCR, logo, diminuir os riscos de eventos cardiovasculares.
 
Outros estudos sugerem que aumento moderado de níveis de PCR, como o que é encontrado em paciente com periodontite, pode predizer um risco para a formação de aterosclerose e doença cardiovascular e que o tratamento da doença periodontal pode causar diminuição das proteínas de fase aguda, incluindo a PCR, e ser um meio de diminuir o risco de uma doença cardiovascular.
 
Os marcadores de inflamação sistêmica apresentam-se elevados em paciente com periodontite, observando-se diminuição após o tratamento, o que promove melhora da disfunção endotelial, levando à diminuição dos níveis de PCR.
 
O presente estudo mostrou que os pacientes apresentaram redução média de 82,04% nos níveis de PCR após o tratamento periodontal, o que vem corroborar com os resultados de outro estudo, que após avaliar 55 indivíduos com periodontite severa concluíram que um tratamento sem uso adjunto de medicamentos pode fazer com que os níveis basais dos marcadores de inflamação voltem ao normal em um mês, desde que se submeta o individuo a intensa terapia periodontal.
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
Outro estudo observou que células endoteliais retomam suas funções quando a periodontite severa é tratada e que quando se melhora a função endotelial é possível trazer benefícios para a aterogenese e para os eventos cardiovasculares. Segundo os autores, a doença periodontal avançada ou severa leva à disfunção endotelial e elevação dos níveis de PCR.
 
Outros autores concluíram que os níveis de colesterol, triglicerídeos, LDL e níveis de citocinas (inclusive interleucina-6 e TNF-alfa) são maiores em pacientes com periodontite crônica se comparado com controles saudáveis, ou seja, que pacientes com doença periodontal têm o risco aumentado de desenvolver uma doença cardiovascular.
 
Exames sorológicos em indivíduos com periodontite, alguns dos quais envolvem fatores de risco estabelecidos para aterosclerose, permite traçar relação da associação epidemiológica entre a periodontite e as doenças cardiovasculares.
 
Conclui-se que dentro dos limites do presente estudo, indivíduos com doença periodontal apresentam níveis séricos aumentados de proteína C-reativa e que o tratamento periodontal tem a capacidade de diminuir os níveis dessa proteína.
 
Fonte: Estudo Clínico:Avaliação dos níveis de proteína C-reativa em pacientes periodontais. Revista Perionews V.5 – nº 3
 



 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Tecnologia a favor do diagnóstico precoce de câncer bucal


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      Em meio a tantas novidades que prometem aguçar o interesse dos dentistas e demais profissionais da área, a MM Optics apresenta o Evince, evidenciador que detecta em tempo real lesões e doenças do aparelho bucal.

      Até a chegada do Evince ao mercado, o câncer bucal (quinto tipo com maior incidência na população brasileira, segundo dados do INCA), era diagnosticado através de biópsia, método invasivo e desconfortável para o paciente. “A MM Optics desenvolveu um equipamento que detecta o câncer bucal e outras patologias odontológicas de maneira não invasiva e bastante seletiva. O Evince utiliza-se de luz LED ultravioleta para reconhecer lesões por fluorescência óptica. Isso ocorre em tempo real, então a avaliação e o diagnóstico tornam-se extremamente rápidos e precisos”, comenta o diretor da empresa, Fernando Mendonça Ribeiro.

      Ele explica que a principal inovação do equipamento está na detecção de doenças bucais impossíveis de serem vistas a olho nu. “Atualmente a maior parte do diagnóstico dessas patologias, com exceção do câncer, é feito a olho nu, o que abre espaço para possíveis erros”, complementa o diretor da MM Optics.

      Além do câncer bucal, o número de doenças e infecções odontológicas detectadas pelo Evince é extenso. Cáries incipientes, placa bacteriana, herpes labial, existência de micro-trincas nos dentes, recessão gengival e desmineralização do esmalte dental estão entre as patologias detectadas com precisão pelo equipamento da MM Optics.

      Upgrade

      Embora o Evince tenha sido lançado no mercado em 2012, o aparelho está sendo apresentado no CIOSP 2013 com algumas modificações que facilitarão ainda mais o trabalho do dentista. “A principal mudança está na melhora da resolução das imagens. Detectamos que muitos consultórios odontológicos não têm a iluminação ideal, o que influenciava no diagnóstico. Com esta mudança, as imagens feitas pelo equipamento serão facilmente interpretadas em quaisquer condições de luz”, explica Ribeiro.

      Ele ressalta, no entanto, que o aparelho manteve uma de suas principais características: a portabilidade. Com a ausência total de fios, o equipamento pode acompanhar o dentista no caso de atendimento em mais de um consultório. “Sabemos que hoje essa é uma realidade dos profissionais do setor. Por ser compacto e portátil, o Evince é fácil de ser transportado”, finaliza o diretor da MM Optics.

 

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Alinhadores Dentais



A procura por aparelhos estéticos nos últimos anos vem aumentando, e o mercado tem lançado inúmeras opções para quem não deseja um sorriso procura metálico.
Além dos já conhecidos braquetes estéticos e do aparelho lingual, existem também os alinhadores, que consiste em um sistema de placas de um material termoplástico, que usadas em seqüência levam o dente gradualmente à posição ideal, mas apenas há alguns anos os "alinhadores" têm sido vistos como um aparelho realmente eficaz.
O primeiro e mais conhecido desta geração de alinhadores é o Invisalign, que é um sistema altamente tecnológico. Dentro desse mesmo parâmetro, há alguns outros tipos de alinhadores, com suas particularidades, como o Clear Aligner, o Essix Clear Aligner, Be Flash, entre outros.




Um fato interessante é de que apesar de os alinhadores não serem uma placa miorrelaxante, alguns pacientes que possuem cefaleia tensional, decorrente do bruxismo, relatam uma melhora do quadro com o uso dos alinhadores.
É importante ressaltar que o tratamento com alinhadores não está indicado para todos os pacientes. Cabe ao ortodontista realizar uma avaliação criteriosa do caso.


Para o sucesso do tratamento, o paciente deve colaborar, pois os alinhadores devem ser usados de 15 a 17 horas por dia, devendo ser removidos ao se alimentar.
As indicações para o uso de alinhadores são:
·                   Recidivas de apinhamento;
·                   Apinhamentos leves e moderados;
·                   Intrusão e extrusão;
·                   Fechamento de pequenos diastemas;
·                   Tratamento combinado;
·                   Contenção;
·                   Acabamento.




Essa é uma técnica que vem somar na Ortodontia. O diagnóstico não muda, somente o tipo de aparelho a ser usado para corrigir a má oclusão existente, em casos selecionados. É uma alternativa aos aparelhos convencionais, que proporcionam maior estética e conforto aos pacientes.
Fonte:  Essencial em Revista  Ano 10 -  nº 46  -   APCD Jardim Paulista  

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A Toxina Botulínica nas Reabilitações Orais

A toxina botulínica, cada vez mais, vem ganhando espaço nos consultórios odontológicos no Brasil e no mundo. Essa é uma realidade crescente.



Sua importância na estética facial é bem conhecida por todos, contudo, há muito mais do que estética no uso da toxina botulínica. Sua importância como meio terapêutico em nossa profissão, em casos como bruxismo, hipertrofia do masseter, disfunções temporo-mandibulares, sialorréia, assimetria de sorriso, exposição gengival acentuada e, mais recentemente a utilização profilática para a redução da força muscular dos músculos masseter e temporal em alguns casos de implantodontia de carga imediata.

O Prof. Dr. Antonio Sergio Guimarães e o Dr. Tomas Magnusson citam a toxina botulínica não só como aliada no controle das DTM, mas uma terapia com resultados promissores.

É importante salientar que DTM musculares com quadros de dores orofaciais (recomendadas para uso da toxina botulínica) são muito mais freqüentes que as articulares (não recomendadas para uso de toxina botulínica).

O bruxismo, principal responsável pelas dores orofaciais, ligadas à hiperatividade dos músculos da mastigação, é um distúrbio bastante freqüente e que pode acarretar transtornos para os músculos masseter e temporal, alem de problemas na estrutura dos dentes, como desgastes acentuados, abfrações, fraturas dentais, fratura de próteses e perda de implantes.

Apesar do alto índice de sucesso nos implantes dentais atuais, um dos problemas potenciais e que leva à perda precoce dos implantes é a carga não funcional antes do período da osseointegração. Pacientes com bruxismo (sono e/ou vigília) e que necessitem repor um ou mais elementos dentais com implantes podem minimizar consideravelmente a possibilidade de perda dos implantes por meio da aplicação previa da toxina botulínica.

Um bom ajuste oclusal e um ótimo planejamento das próteses ajudam, sem duvida, mas não resolvem o problema, ate porque, ajustes oclusais são baseados na situação real imediata do paciente, situação essa que pode mudar, principalmente em pacientes rangedores, ou seja, o que ficou bem ajustado hoje, amanhã, devido aos desgastes dentais provocados pelo bruxismo, podem aparecer como interferências, que nos implantes, podem comprometer sua longevidade.

Pacientes desdentados totais ou parciais com perda acentuada de DVO ( dimensão vertical ) por longos períodos tem a sua postura mandibular alterada. Quando se faz um planejamento de reabilitação oral, com recuperação da DVO, procuramos localizar uma nova postura ortopédica para a nova oclusão que será criada ou restabelecida a partir dali. O problema é que, em muitos casos, a musculatura não se adapta rapidamente. Essa musculatura desequilibrada e viciada tende a voltar para a posição inicial sobrecarregando os implantes e podendo aumentar as chances de perda dos Protocolos. Nessas situações, a aplicação da toxina botulínica preventivamente, pode ajudar a diminuir a força muscular do masseter e temporal, dando tempo para que, aos poucos essa musculatura se adapte a nova realidade ortopédica.

A questão se complica ainda mais uma vez que o bruxismo também pode apresentar seus altos e baixos. Hoje o paciente pode estar em uma fase de remissão espontânea, amanhã, ele poderá aparecer ou se intensificar, comprometendo o trabalho. Essa situação vale também para casos de reabilitação oral sobre dentes, com coroas de porcelana metal free, facetas laminadas e lentes de contato. Por isso, a aplicação preventiva de toxina botulínica nos casos de reabilitação oral, quando a avaliação do paciente acusar a presença de bruxismo, deve ser considerada.



Uma outra aplicação interessante para implantodontia é a correção de assimetrias de sorriso e exposições gengivais acentuadas. Duas situações que podem comprometer a percepção e a satisfação dos pacientes reabilitados, sobretudo em casos de protocolos onde o paciente passou muitos anos desdentado e, portanto, sem suporte labial. Nessas situações, muitas vezes o paciente tem uma assimetria mascarada pela hipotonicidade do lábio superior, que ao ser reabilitado com um protocolo de implantes, ao final do trabalho, pode ficar evidente. Uma simples aplicação de BoNT no músculo responsável, muda completamente o resultado final e a percepção do paciente.

Por fim, lembramos alguns colegas que a aplicação terapêutica da toxina botulínica, respeitados os protocolos, não representa qualquer risco para os pacientes, pois trata-se de uma droga extremamente específica, o que a torna segura, com efeitos adversos muito pequenos e temporários.



Fonte:  Revista em Foco Ano V nº 10 -  APCD Santo Amaro

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Alimentação e a Saúde Bucal





O aconselhamento dietético é fundamental para qualquer programa de prevenção e manutenção de saúde bucal, visto que os hábitos dietéticos adquiridos na infância formam a base para o futuro padrão alimentar. Nele deve-se levar em conta, porém, a realidade em que a criança vive, tendo como objetivo central a utilização racional de açúcar.


O aproveitamento dos alimentos se inicia com a mastigação, processo que prepara o bolo alimentar para uma boa recepção gástrica. Isso ocorre juntamente com a insalivação começando aí o processo digestório. Desta forma, a cavidade oral é extremamente importante para este processo.






Diversas alterações podem surgir em decorrência de um desequilíbrio na cavidade oral, entre as quais podemos destacar a cárie dentária – uma doença destrutiva pós-erupção localizada nos tecidos calcificados dos dentes.

É um problema multifatorial, infeccioso, transmissível e sacarose dependente. Necessita da interação entre microorganismos patogênicos e dieta cariogênica, num hospedeiro que ofereça um ambiente adequado, durante certo período de tempo.
 
Dados do Ministério da Saúde (MS, 2008) sobre a saúde bucal dos brasileiros mostram que 38% das crianças de 18 a 36 meses apresentam pelo menos um dente decíduo, com cárie dentária. Ainda, 60% das crianças de cinco anos de idade apresentam cárie.
O índice CPO, do MS, mostra a incidência de cárie em dentes permanente, perdidos ou obturados por indivíduos. Este índice tem evidenciado rápido avanço com o aumento das faixas etárias. A média do índice é 4,8 em crianças de 12 anos, 8,2 em adolescentes, 24,1 em adultos e 37,8 em idosos.
A dieta primitiva dos seres humanos mostra baixos índices de cáries dentárias. Porém, isso mudou com a introdução do açúcar e grãos de cereais processados em suas dietas. Pode-se observar que, com a modernização no mundo e o elevado padrão de vida, ocorreu uma mudança também nos padrões alimentares, sendo evidenciado grande aumento no índice de lesões cariosas ao ser adotada uma dieta com alto consumo de produtos vendidos em lanchonetes, padarias e com grande conteúdo de açúcares.
A cárie está diretamente relacionada à introdução dos carboidratos refinados na dieta da população, principalmente a sacarose, que é considerada o dissacarídeo mais cariogênico, sendo este o mais presente na dieta familiar em quase todo o mundo.



O processo cariogênico começa com a produção de ácidos, quando o produto de metabolismo bacteriano ocupa a placa dentária. A descalcificação da superfície continua até a ação de tamponamento salivar ser capaz de elevar o pH acima do nível cítrico. Posteriormente, a placa se combina com o cálcio e endurece, formando o tártaro ou o cálculo, irritando também a gengiva.

A sacarose, como outros açúcares (glicose, frutose, maltose e lactose) estimula a atividade bacteriana. Todas as formas dietéticas de açúcar, inclusive o mel, melaço, açúcar mascavo possuem potencial cariogênico e podem ser usadas pelas bactérias para produzir subprodutos ácidos orgânicos do metabolismo.
Fatores nutricionais relacionados à cariogenicidade:

 Alimentos cariogênicos: alimentos ricos em carboidratos, principalmente refinados (açúcar e doces);

 
 
 
 Alimentos cariostáticos: não contribuem para a cárie. Proteínas: peixes, carnes, frango, ovos. As gorduras também não contribuem para o aparecimento de cáries, pois formam um película oleosa nos dentes;






·       Água: a ingestão de água, além de ser necessária para as funções vitais do organismo, é importante para o mecanismo de limpeza dos dentes;
 
 Fibras: são importantes pois promovem auto- limpeza e pelo estímulo mastigatório aos dentes;
 
 Seqüência e combinação dos alimentos: Por exemplo, comer vários biscoitos doces de uma só vez é menos cariogênico do que comer esses biscoitos ao longo do dia, pois expõe os dentes aos ácidos formados pela placa bacteriana várias vezes;
 
      Vitaminas: são importantes, já que a Vitamina A, por exemplo, é necessária para o tecido epitelial e reepitelização e ativação da ceratina-dentina responsável pelo esmalte dos dentes. A Vitamina D é importante para absorção de cálcio e fósforo - importantes para a dentina e síntese dos ossos.
 
 Os programas de prevenção de cáries se concentram em uma dieta balanceada, modificação das fontes e quantidades de carboidratos fermentáveis e integração de práticas de higiene oral no estilo de vida das pessoas.
 

Referências Bibliográficas:
CAMPOS, J. A. D. B.; ZUANON, A. C. C.; CAMPOS, A. G. Influência da alimentação e da nutrição na odontogênese e desenvolvimento de lesões de cárie dental. Jornal Brasileiro de Odontopediatria & Odontologia do Bebê, v. 6, n. 31, p. 246-249,2003.
MAHAN, K; STUMP, S.E. Krause alimentos, nutrição e dietoterapia. 10. ed. São Paulo: ROCA, 2002.
NOVAIS, S.M.A. et al. Relação Doença Cárie-Açúcar: Prevalência em Crianças. Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada v. 4, n. 3, p. 199-203, 2004.
SILVA, S.M. C. S; MURA, J.D.P. Tratado de alimentação, Nutrição & Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2007
TASHIMA, A. Y. et al. Correlação entre o aconselhamento dietético-nutricional e a promoção de saúde na clínica de odontopediatria. Jornal Brasileiro de Odontopediatria & Odontologia do Bebê,  v. 3, n. 16, p. 505-512, 2000.
THYLSTRUP, A.; FEJERSKOV, O. Cariologia clínica. 3. ed. São Paulo: Santos, 2001.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em http://portal.saude.gov.br/saude/. Acesso em 04/09/2008