sábado, 11 de agosto de 2012

Periodontite Agressiva


Periodontite Agressiva


Embora apresente baixa incidência, o tratamento das periodontites agressivas tem sido muito discutido, principalmente, na utilização de terapias coadjuvantes. A dificuldade inicial, muitas vezes, esbarra no diagnóstico clínico. As periodontites agressivas localizadas são mais facilmente diagnosticadas pela exclusão de outras doenças periodontais. Já a agressiva generalizada, por apresentar mais do que 30% dos sítios acometidos, muitas vezes, pode dificultar o diagnóstico.
Embora não seja primordial, a idade do paciente também pode ajudar no diagnóstico. A extensão e a severidade da doença periodontal agressiva também são inversamente proporcionais a quantidade de biofilme dental bacteriano e cálculo (quando há).


A forma agressiva de periodontite é caracterizada pela perda rápida de inserção tecidual, associada a uma grande destruição do osso alveolar em sítios de pacientes com boa saúde sistêmica.
O diagnóstico é baseado em dados clínicos, radiográficos e do histórico do paciente e de seus parentes, pois uma susceptibilidade familiar à doença também é notada e deficiência na defesa do hospedeiro é apontada como um fator para a progressão da doença.


O periodontista deve estabelecer um plano de tratamento abrangente. A terapia básica de desinfecção deve ser rápida, com raspagem e alisamento radicular de toda boca em um período curto de tempo, associados à utilização de bochechos com clorexidina a 0,2% por um minuto, incluindo um gargarejo final para atingir as tonsilas.
A escovação da língua com gel de clorexidina a 1% deve ser recomendada e a irrigação das bolsas subgengivais, com o mesmo gel, implementada. Devido à necessidade da remoção dos tecidos infectados e a dificuldade de acesso a defeitos profundos, angulares ou de furca, a abordagem cirúrgica é uma boa opção para o debridamento efetivo.

Um cuidado a ser tomado é ter a certeza de que o estado geral de saúde do paciente é bom. O uso de antibióticos sistêmicos é recomendado e a associação de metronidazol e amoxilina apresenta bons efeitos.

A literatura mostra maiores perdas ósseas em torno dos implantes de pacientes tratados de doença periodontal agressiva a longo prazo. A terapia periodontal pode controlar a doença, porém, não resolve os problemas relacionados ao sistema de defesa do paciente. Sítios dentários remanescentes podem servir como fonte de infecção para o tecido peri-implantar e, mesmo nos casos em que todos os dentes são removidos, patógenos podem permanecer nos tecidos orais e infectar sítios de implantes. Seria interessante manter tais pacientes em um programa de manutenção estrito, avisando-os da possibilidade aumentada de problemas peri-implantares.

Fonte : Revista Perionews    ( Dr.Marcos Motta de Freitas e Dr.Jamil Shibli )




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