Gengivite
Todas estas alterações caracterizam a gengivite.
Fig.1. Gengivite |
A alteração progressiva da quantidade de placa e de sua composição ocorre em poucos dias, mas afeta muito significativamente os componentes da região coronal. O tecido de conexão da gengiva é progressivamente destruído, e o seu lugar é ocupado por um infiltrado inflamatório. O epitélio de união sofre também alterações morfológicas importantes, mas mantém-se unido à superfície
do esmalte e embora as fibras gengivais sejam parcialmente destruídas, o seu limite conserva-se ainda íntegro.Todas estas alterações caracterizam a gengivite.
Periodontite
Uma vez estabelecida a gengivite, pode manter-se como tal durante dias, meses ou anos. Se não for tratada, com a eliminação bacteriana, a gengivite não cura espontâneamente.
Se for tratada, a sintomatologia desaparece e restabelecem-se as condições que existiam antes da doença sem sequelas.
No entanto, na maioria dos indivíduos, em muitos pontos do periodonto a gengivite transforma-se em periodontite, quando o infiltrado inflamatório gengival ultrapassa a barreira de defesa formada pelas fibras gengivais. A razão pela qual e
quando ocorre não pode ser determinada, mas podemos suspeitar de várias razões:
Se for tratada, a sintomatologia desaparece e restabelecem-se as condições que existiam antes da doença sem sequelas.
No entanto, na maioria dos indivíduos, em muitos pontos do periodonto a gengivite transforma-se em periodontite, quando o infiltrado inflamatório gengival ultrapassa a barreira de defesa formada pelas fibras gengivais. A razão pela qual e
quando ocorre não pode ser determinada, mas podemos suspeitar de várias razões:
- Aumento da virulência bacteriana;
- Diminuição das defesas do hospedeiro;
- Destruição mecânica, intencional ou não, ao nível da união dento-gengival (invasão do espaço biológico).
Fig.3. Evolução da Periodontite |
Para que tenha início a doença periodontal, é necessário que existam bactérias. A maturação da placa leva à formação de cálculo, que é um material calcificado que se adere à superfície dentária e sendo considerado um fator etiológico indireto da doença periodontal, devido sobretudo à possibilidade de colonização de bactérias viáveis na sua superfície externa. Este fato, e não a existência do cálculo por si só, é o motivo pelo qual o tratamento da infeção periodontal exige a sua remoção. Existem outros fatores locais e sistêmicos que, embora também não sejam responsáveis diretos pelo início da doença periodontal, modificam a resposta dos tecidos periodontais face à presença da placa bacteriana e portanto devem ser levados em conta.
Bolsa Periodontal
Uma vez existindo infiltrado inflamatório no periodonto de suporte, ocorrem algumas alterações fundamentais. A mais importante, porque é a que caracteriza a periodontite, é a migração gengival com exposição da raiz, ocorrendo a destruição do ligamento periodontal e a destruição do osso alveolar, de tal forma que esse espaço é ocupado pelo tecido mole gengival inflamado, formando-se a bolsa periodontal. A parede mole da bolsa é constituída por uma porção interna formada pelo aprofundamento patológico do sulco gengival e por uma porção externa formada pelo epitélio queratinizado da gengiva.
Neste momento se for tratada a periodontite, eliminando a infecção, o avanço da doença é detido, mas não se recupera o suporte perdido durante o período em que a periodontite estava ativa.
Outros Fatores Etiológicos
Para que tenha início a doença periodontal, é necessário que existam bactérias. A maturação da placa leva à formação de cálculo, que é um material calcificado que se adere à superfície dentária e sendo considerado um fator etiológico indireto da doença periodontal, devido sobretudo à possibilidade de colonização de bactérias viáveis na sua superfície externa. Este fato, e não a existência do cálculo por si só, é o motivo pelo qual o tratamento da infecção periodontal exige a sua remoção. existem outros fatores locais e sistêmicos que, embora também não sejam responsáveis diretos pelo início da doença periodontal, modificam a resposta dos tecidos periodontais face à presença da placa bacteriana.
Fig.4. Alguns pacientes apresentam cálculo bastante acentuado |
Fatores Locais
Devem incluir-se especialmente os fatores que surgem em consequência de tratamentos dentários incorretos, incluindo margens protéticas inadequadamente ajustadas , restos de cimento em localização sub-gengival, coroas e restaurações que invadem os espaços interproximais, ou seja, tudo aquilo que, por estar situado estrategicamente ao nível dento-gengival, constitua um fator irritativo, favorecendo o acumulo de cálculo e dificultando a sua eliminação.
A oclusão pode ser outro fator nos casos onde, num mesmo dente, existe simultaneamente periodontite ativa e trauma oclusal. Nestes casos a perda de suporte pode ser acelerada e podem surgir lesões ósseas verticais. As más oclusões, por outro lado, não causam gengivite nem periodontite, exceto em alguns casos onde o apinhamento dental dificulte sobremaneira a higiene. Em consequência, o tratamento ortodôntico deve ser indicado com o objetivo de prevenir o aparecimento de doença periodontal.
O fumo é um fator etiológico decisivo que afeta de forma muito significativa a evolução da periodontite. Tem uma ação local sobre a vascularização gengival, além de provocar efeitos tóxicos diretos sobre os tecidos. Afeta os mecanismos de defesa do hospedeiro, acelera a destruição óssea, aumenta o risco de retração gengival, especialmente em doentes com periodontite de evolução rápida.
Fatores Sistêmicos
Diferentes doenças e fatores sistêmicos atuam também indiretamente ao nível do periodonto, reduzindo as defesas do hospedeiro ou aumentando a virulência bacteriana, entre eles a diabetes.
Em consequência, as periodontites são infecções provocadas por bactérias de agressividade variável, no entanto a sua expressão clínica depende também de fatores ligados ao hospedeiro e ao meio ambiente.
Bibliografia
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2. Breckx M. Histofisiología e histopatologia de la encía. Periodoncia 1933; 3:168-175;
3. Echeverría Garcia J.J., Echeverría Manau A. Manual de Periodontia. Ergon 2007; 16-23
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