terça-feira, 28 de junho de 2011

Odontogeriatria



Uma especialidade odontológica relativamente nova, que cuida dos nossos queridos velhinhos.

Mas por que um dentista especialista em idosos?

Existem muitas respostas para esta pergunta. Com uma melhora na qualidade de vida e os avanços da medicina e das ciências em geral, as pessoas estão vivendo mais. A expectativa de vida dos brasileiros fica em torno de 73 anos e o odontogeriatra se depara com 2 situações:

1 – O idoso está perdendo seus últimos dentes.
Seu destino, o último recurso odontológico para reestabelecer dentes e mastigação: a prótese total, mais conhecida como dentadura.
Esta situação tem todo um fundo psicológico, pois a perda de todos os dentes é um fato extremamente traumático, sem contar que o usuário de uma prótese total precisará aprender, novamente, a mastigar, falar e respirar. A boa notícia é que os implantes tem ajudado muito esses pacientes!
É o caso das “Overdentures” (dentadura encaixada sobre implantes), onde os implantes proporcionam maior estabilidade da prótese e maior condição mastigatória.

2 – O idoso ainda mantém seus dentes ou a maioria deles.
Neste caso, necessitará de tratamento de Periodontia (raspagem e limpeza de tártaro) que devem ser feitos para evitar a perda de mais dentes e para diminuir as infecções na boca, que podem ir para outros lugares do corpo. Os velhinhos também sofrem com o escurecimento dos dentes, a diminuição de saliva por conta de alguns medicamentos que precisam tomar e problemas na boca relacionados a problemas digestivos como refluxo. Tudo isso deve ser acompanhado e geralmente, o dentista trabalha em conjunto com o médico do paciente.

Outro fator importante é que o odontogeriatra deve oferecer um consultório com a melhor mobilidade possível, sem escadas ,além de uma cadeira de atendimento confortável, pois muitos idosos sofrem de problemas de locomoção após quedas ou quadros de artite, artrose ou osteoporose.

As consultas são um pouco mais longas que o normal, pois deveremos respeitar o tempo de cada um .
Muitas vezes, dependendo da avaliação médica, deve-se fazer uma terapia profilática com antibióticos, isto é, o paciente deve tomar uma dose de antibióticos antes das consultas, para evitar riscos maiores para sua saúde.

                           

Então, se você está na fase da melhor idade, vale à pena procurar um dentista especialista para ter um acompanhamento de saúde mais voltado para sua faixa etária.

sábado, 25 de junho de 2011

Fluoretação - Notícias

 




A fluoretação da água de abastecimento é uma medida preventiva da cárie dentária utilizada largamente em vários países.


No Brasil, essa doença ainda é um importante problema de saúde pública, causando infecções, dor e sofrimento, em todas as idades, principalmente em crianças. A fluoretação da água é uma medida efetiva para a prevenção. Segundo a Organização Mundial da Saúde a fluoretação é capaz de reduzir os níveis de cárie em média em 44%, se feita e controlada adequadamente. Por essa razão, é preciso que o processo de fluoretação seja feito buscando-se padrões ótimos de qualidade, de sustentabilidade econômica e de aceitabilidade social. Do ponto de vista da vigilância em saúde, é importante também assegurar risco mínimo.

A variabilidade de critérios utilizados atualmente para aferir a qualidade da fluoretação das águas, enquanto medida de saúde pública, pode levar a interpretações distintas, e até mesmo, antagônicas, quanto ao julgamento da adequação dos teores de flúor o que, além de dificultar o trabalho de vigilância, têm criado dificuldades à tomada de decisão segundo bases técnicas.


O Seminário sobre Vigilância da Fluoretação de Águas-2011, promovido pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP), por meio do seu Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal (CECOL/USP), reunirá pesquisadores e especialistas de todo o Brasil para discutir o acompanhamento e o monitoramento da cobertura da fluoretação das águas de abastecimento público, tendo como objetivo a produção de um documento de consenso técnico sobre classificação de águas de abastecimento público segundo o teor de flúor.

domingo, 19 de junho de 2011

Estética Dental



 
 


           
Nos dias de hoje, a busca pela estética é um fator de muita influência sobre o comportamento das pessoas.

Seja nos grandes centros urbanos ou nas pequenas cidades, é cada vez mais comum observar-se academias e clínicas de estética cada vez mais lotadas. Dentro deste contexto, é natural que a odontologia esteja preparada para atender aos anseios estéticos da população em geral.

Técnicas restauradoras e protéticas mais modernas visam, além da reabilitação da função mastigatória, a recuperação do fator estético. Dentro desta perspectiva, o clareamento dental se torna um importante instrumento a fim de proporcionar a satisfação do paciente em seu tratamento.

O clareamento dental visa à recuperação da cor original dos dentes, perdida em algum momento durante a vida em decorrência de vários fatores. Serve também simplesmente para promover um branqueamento dos dentes originalmente mais escurecidos.

A utilização de agentes clareadores nos dentes já ultrapassa um século, e com o desenvolvimento de novos materiais, tem se mostrado um meio cada vez mais eficaz e seguro de se obter uma estética dental satisfatória.

Existem basicamente dois tipos de clareamento dental.












No clareamento caseiro, a maior parte do tratamento é realizada pelo próprio paciente, o qual utiliza o agente químico dentro de uma moldeira adaptável aos dentes. Estes materiais são fornecidos pelo cirurgião-dentista, que irá supervisionar o tratamento através de visitas periódicas do paciente ao consultório.

 

No clareamento realizado no consultório, o dentista irá aplicar sobre os dentes um agente químico oxidante bem mais potente. Durante a aplicação, a gengiva, lábios e bochechas são protegidos de forma que o clareador não provoque queimaduras. Sobre alguns clareadores é aplicada uma fonte de energia ativadora que pode ser luz halógena ou determinados tipos de laser que irão promover uma intensificação do clareamento, outros não necessitam desta fonte para que a reação de liberação de oxigênio ocorra. De qualquer forma, o clareamento é realizado em apenas uma sessão.

 

Quando se trata de tratamentos estéticos... algumas dúvidas ainda surgem e estamos aqui para esclarecê-las:

 

Tenho restaurações escuras (metálicas) nos dentes posteriores. Vale a pena trocá-las por restaurações de cor branca ou da cor dos dentes?

 

A troca de uma restauração metálica por uma estética ou, como dizem os pacientes, "por uma branca", pode se dar por dois motivos principais: por problemas que envolvem a saúde do dente, como uma fratura da restauração pré-existente ou mesmo por recidiva de cárie (nesse caso, a troca não é discutida e pode, perfeitamente, ser feita uma restauração estética), ou por motivo exclusivamente estético (quando uma restauração metálica em bom estado vai ser trocada, surgem, então, alguns questionamentos).

 

Quais os materiais que podem ser utilizados na troca de uma restauração metálica por uma estética?

 

Existem, em princípio, duas possibilidades de materiais. O primeiro é a cerâmica (ou porcelana), o segundo são as resinas compostas. A restauração de cerâmica pode ser executada apenas pelo método indireto, isto é, o cirurgião-dentista prepara o dente, molda, e um técnico de laboratório executa, sobre o modelo, o trabalho, que é cimentado pelo dentista. A resina composta tanto pode ser usada pelo método direto, feita diretamente sobre o dente do paciente, em uma única sessão, ou pelo método indireto. A resina composta usada na forma indireta tem uma composição diferente da utilizada na forma direta e é chamada de resina composta de laboratório, podendo também ter a denominação de cerômero.

 

As restaurações em amálgama são realmente tóxicas e, por isso, devem ser trocadas?

 

Existe muita discussão sobre o poder tóxico do mercúrio nas restaurações de amálgama. Provou-se que o aumento dos níveis de mercúrio no sangue e na urina pode estar associado à presença dessas restaurações, embora nenhum trabalho tenha conseguido relacionar o desenvolvimento de doenças sistêmicas causadas por mercúrio em pacientes com as restaurações de amálgama.

 

Quais são o melhor material e a melhor técnica?

 

Basicamente, a técnica direta serve para as pequenas restaurações e, quando a área a ser restaurada é muito extensa, a preferência cai sobre as indiretas; entretanto, as mais extensas podem ser feitas de modo direto, dependendo da indicação profissional. Na técnica indireta, a escolha entre cerâmica e cerômero dependerá das condições técnicas e também da preferência profissional, pois os comportamentos estético e funcional são extremamente semelhantes.

 

No momento da troca de uma restauração, é necessário um desgaste maior do dente?

 

Não necessariamente. Quando é feita a troca de uma restauração de amálgama por uma de resina composta direta, a cavidade obtida após a retirada do material antigo já é compatível com o novo material restaurador. Contudo, para receber uma restauração indireta, pode ser necessário um desgaste adicional de dente sadio para possibilitar a execução do trabalho. Nas trocas de uma restauração metálica indireta de ouro, por exemplo, dificilmente certa quantidade de dente sadio não vai ser sacrificada, pois são preparos com exigências diferentes. Esse desgaste maior do dente de maneira alguma irá prejudicá-lo, pois é feito para permitir uma harmonia entre o material restaurador e o dente.

 

Uma restauração de material na cor do dente tem a mesma durabilidade que uma restauração antiga?

 

Existem, na boca de pacientes, restaurações de amálgama, de ouro e de outros metais em bom estado e com desempenho funcional perfeito há mais de vinte anos, assim como existem restaurações em mau estado feitas há pouco tempo. As técnicas restauradoras estéticas atuais são relativamente novas se comparadas com a do amálgama e a das restaurações metálicas indiretas. Todavia, já temos acompanhamento clínico com excelentes resultados de restaurações estéticas. A durabilidade de uma restauração depende de uma série de fatores, alguns diretamente relacionados com o cirurgião-dentista e outros, com o paciente.

 

Dentes manchados por uma restauração de amálgama podem ser corrigidos com a troca?

 

O amálgama libera, ao longo do tempo, produtos que podem manchar o esmalte e a dentina dental deixando-o acinzentado. Nesses casos, a troca melhora muito o problema estético sem, contudo, resolvê-lo completamente, pois seria necessária a retirada completa da estrutura dental manchada para se conseguir uma perfeita solução estética.

 

Como é feita a manutenção das restaurações estéticas?

A manutenção das restaurações estéticas está inserida no contexto de manutenção da saúde bucal do paciente. O controle da higiene bucal, as profilaxias periódicas, como também as reavaliações clínicas do estado das restaurações prolongam a vida útil desses trabalhos. Pequenos reparos de possíveis falhas como manchamento superficial e pequenas fraturas podem ser realizadas com facilidade pela mesma técnica adesiva usada na confecção das restaurações estéticas.

 

 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Aparelho Auditivo Dental

Aparelho auditivo dental aprovado na Europa
As autoridades europeias autorizaram a entrada no mercado de um aparelho auditivo que se coloca na boca. A BBC News, que explica que o aparelho, designado de SoundBite, é introduzido na boca e os sons são transmitidos através dos dentes. O aparelho direcciona o som através do osso maxilar para o ouvido interno, devendo ser colocado nos molares superiores. O equipamento é feito à medida dos pacientes. Embora este aparelho tenha sido autorizado a entrar no mercado, a associação britânica das pessoas com surdez, veio já a público alertar para o facto de o mesmo não ser adequado a todas as pessoas com problemas auditivos.   Fonte: BBC

terça-feira, 14 de junho de 2011

Tratamento da Periodontite

O objetivo do tratamento periodontal é eliminar e posteriormente prevenir a infecção periodontal, mantendo o máximo tempo possível uma dentição estética e funcional de acordo com as necessidades do paciente.

Eficácia do Tratamento Periodontal
Fig.1. Antes e depois do tratamento de Periodontite ativa
O tratamento periodontal consegue eliminar na maioria dos casos as causas de inflamação e destruição periodontais e, através de medidas simples, pode também evitar a recidiva da doença. A eficácia da terapêutica periodontal não se baseia simplesmente na experiência clínica, mas antes numa série de estudos controlados, que constituem as bases científicas, que permitem encarar este tratamento com suficiente confiança, entre os quais deve destacar-se, em primeiro lugar, as inúmeras investigações, em seres humanos e em animais, que demonstram que as doenças periodontais são provocadas por bactérias e que sem elas não existe inflamação periodontal nem destruição do suporte dentário.
Em segundo lugar, no que se refere à prevenção da doença depois do tratamento desta, numerosos estudos longitudinais nos últimos 30 anos demonstram de forma clara que uma higiene oral pessoal adequada conjugada com uma profilaxia periódica, conseguem evitar a recidiva da doença e o aparecimento de novas cáries. Estes estudos representam uma mudança completa na filosofia existente, porque o profissional tradicional foi ensinado unicamente a tratar o problema e aguardar pelo aparecimento de novo episódio para então tratá-lo e assim sucessivamente, geralmente com tratamentos cada vez mais complexos, invasivos, menos duradouros e de custo econômico mais elevado. Atualmente o profissional tem um papel muito importante atuando na prevenção ,evitando  recidiva da doença. 
Finalmente, deve ser tido em conta que não existe relação entre a idade e a perda de suporte dentário, se o controle da placa for o adequado. Ninguém perde suporte simplesmente por envelhecer.

Tornar o paciente responsável pelo tratamento periodontal
Fig.2. Motivar o paciente é fundamental
O primeiro contato com o paciente deve permitir conhecer o nível de educação odontológica do paciente, a postura relativamente à sua doença, o que espera do tratamento, de que modo valoriza a saúde oral e qual a sua atitude relativamente à sua manutenção futura.
O profissional deve explicar exaustivamente ao paciente tudo o que se relacionar com a sua doença periodontal, o tratamento e a terapêutica de manutenção, de acordo com as características do caso. deve também estabelecer objetivos realistas relativamente ao resultado do tratamento.
O incoveniente no tratamento de doenças cronicas é que o paciente deve fazer a manutenção durante toda a vida, o que depende fundamentalmente de ele aceitar e fazer os retornos com regularidade .

Fases do Tratamento Periodontal

Fig.3. Remoção da placa e tártaro

O tratamento periodontal inclui diferentes etapas, algumas das quais são  obrigatórias, enquanto que outras podem ou não ser executadas, dependendo das necessidades do caso.
Na primeira etapa,  fase higiênica do tratamento periodontal ,devemos eliminar e tratar todos os fatores locais que direta ou indiretamente provocaram a doença: placa bacteriana e cálculo supra e sub-gengival, mas também restaurações inadequadas, cáries ativas, próteses mal adaptadas, etc.
Nesta primeira fase, inclui-se a motivação e ensino do paciente sobre técnicas de higiene oral, o que é fundamental para manter os resultados do tratamento.
Esta fase pode durar pelo menos 3 a 4 meses, o tempo que os tecidos periodontais necessitam para responder adequadamente à terapia periodontal básica.
Em, seguida avaliam-se os resultados obtidos e, em função destes, é decidida a atuação posterior, que pode significar:
  • O fim do tratamento ativo, se não existir sangramento à sondagem, nem bolsas;
  • A passagem à fase seguinte, fase cirúrgica, se persistir sangramento à sondagem em bolsas superiores a 4-5 mm, ou se existirem lesões muco-gengivais com comprometimento estético ou de manutenção de suporte;
  • A passagem diretamente à terceira fase do tratamento, denominada etapa de reabilitação, se o doente não tiver indicação cirúrgica mas necessitar tratamento ortodôntico ou protético, porque tem indicação para restaurar ou melhorar tanto a estética quanto as funções dentárias;
  • A passagem diretamente à quarta fase do tratamento periodontal, denominada etapa de manutenção, se o doente não exigir cirurgia periodontal, nem tratamento de reabilitação, mas unicamente medidas preventivas para evitar ou minimizar  a recolonização bacteriana, que de outra forma pode originar a recidiva da doença.
Em muitos casos, o tratamento periodontal inclui todas as fases propostas, que se desenvolvem de forma sequencial.




quarta-feira, 8 de junho de 2011

No dia dos Namorados,uma reflexão sobre o beijo!!!!!




Milhares de jovens contabilizam nas baladas um número cada vez maior de “FICANTES”. Segundo os jovens é legal ficar com muitos (as), o interessante é beijar várias pessoas numa mesma noite. Sem qualquer preconceito ou falsa moralidade, ouso afirmar que infelizmente a conquista e o envolvimento emocional acabaram comprometendo assim a saúde psíquica desses jovens que dificilmente conseguem estabelecer ou manter vínculos afetivos. Outro fator extremamente preocupante é a disseminação de patologias transmitidas pela saliva e conseqüentemente pelo beijo.
Primeiramente o jovem pouco se importa, ou pouco sabe sobre os hábitos de higiene ou condições de saúde ou doença daqueles a quem beija, se possuem focos infecciosos, lesões de mucosas, cáries ou qualquer outra doença bucal ou sistêmica.
Moças e rapazes bem vestidos, preocupados com a estética, corpos sarados, pertencentes a uma geração de culto ao corpo, mas que pouco sabem sobre saúde ou aos riscos que correm diariamente nas famosas baladas.

Abaixo citaremos alguns deles:

Carie dental: Segundo a OMS a cárie é considerada doença infecto-contagiosa, portanto para esclarecimento geral, cárie se “pega”e todo mundo sabe o quanto é dolorosa e quando não tratada pode levar a perda do elemento dental e o comprometimento estético , mastigatório, respiratório e fonoaudiológico.
Gengivites: Caracterizada por inflamação e infecção gengival, apresentando-se a gengiva extremamente vermelha, inchada e sangrante. É causada por bactérias, conferindo mau hálito. Imaginem beijar alguém nessas condições e correr o risco de se contaminar com essas bactérias.

Herpes Labial: Durante a infecção pelo herpes labial, o beijo é um meio de transmissão do vírus. O Herpes caracteriza-se por vesículas (bolinhas) que unem-se formando uma crosta (ferida) geralmente na região dos lábios. Portanto beijar alguém que possua feridinhas na boca é um grande risco .

Mononucleose: Acomete mais freqüentemente adolescentes e adultos jovens. É uma doença viral. A infecção é adquirida pelo contato com saliva contaminada. É uma síndrome clínica caracterizada por febre, presença de gânglios, mau-estar, dor de cabeça, dor de garganta e inflamação do fígado. É conhecida como Doença do Beijo.

Hepatite B: É uma doença séria , que pode tornar-se crônica e levar à cirrose ou câncer hepático no futuro Adquirida através do contato com secreções corporais contaminadas, ou seja, sangue, saliva e sêmen. Seu vírus é muito mais resistente e infectante do que o Vírus da AIDS.

Gripe: Quem já teve uma gripe sabe dos transtornos, além de ficar acamado e perder a balada do final de semana seguinte. É obvio que a gripe pode ser adquirida no ar, mas beijar alguém gripado aumenta em muito o risco de se contaminar.

Amigdalite bacteriana: Conhecida como a famosa dor de garganta, pode ser transmitida pelo beijo. Caracteriza-se por febre alta, prostração, mal estar, dificuldade de engolir . Quando a amigdalite se dá por infecção de uma bactéria chamada Streptococos, poderá evoluir para febre reumática, levando, em casos extremos, ao comprometimento cardíaco.

Meningite: De acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2006 no British Medical Journal, beijar na boca várias pessoas aumenta em quatro vezes o risco de adolescentes contraírem meningite, uma infecção cerebral potencialmente fatal.

AIDS: Há risco de transmissão do vírus HIV, causador da AIDS, caso existam feridas ou sangramento na boca. O risco de transmissão do HIV através do beijo na boca é maior em pessoas com body-piercing na língua ou lábios. Um beijo mais ardente pode provocar sangramento na região do body-piercing, havendo o risco de infecção do vírus HIV se o sangue entrar em contato com uma lesão bucal, corte ou cárie.
Cumpre-nos salientar que o risco dessas infecções é aumentado em pessoas portadoras de body-piercing labial ou lingual que representam uma porta de entrada para microorganismos.

Portanto, antes de beijar muitos (as) pense se não é muito mais interessante beijar uma pessoa só, alguém por quem se nutre carinho e afeição; mesmo assim tem-se que tomar cuidado e saber as condições de saúde dessa pessoa. Imaginem beijar muitos, às vezes alguém que nem se conhece, sem vínculos de afeto e onde o risco de se adquirir alguma doença se multiplica.





segunda-feira, 6 de junho de 2011

Doenças Periodontais

As doenças periodontais são infecções do periodonto de etiologia bacteriana. Desde os estudos fundamentais de Löe et al. há trinta anos, sabe-se que o acúmulo de bactérias ao nível da margem gengival produz sempre uma reação inflamatória denominada gengivite. A presença de bactérias ao nível supra e sub-gengival é um fator constante na grande maioria dos indivíduos, que não deve ser considerada como patológica. É possível manter uma placa bacteriana suficientemente reduzida de modo a não originar uma reação de defesa por parte da gengiva, clinicamente detectável. O número de espécies bacterianas que podemos encontrar nestas situações é muito elevado, incluindo a presença de cocos Gram-positivos, Actinomyces e bacilos. No entanto, se for permitido um aumento da placa bacteriana supra-gengival por déficit de higiene oral, surgem alterações da sua composição, de tal forma que a placa torna-se Gram-negativa, anaeróbia, aumentando o número de Actinomyces e Streptococus, espiroquetas, vibriões e filamentos.

                   Gengivite

Fig.1. Gengivite

A alteração progressiva da quantidade de placa e de sua composição ocorre em poucos dias, mas afeta muito significativamente os componentes da região coronal. O tecido de conexão da gengiva é progressivamente destruído, e o seu lugar é ocupado por um infiltrado inflamatório. O epitélio de união sofre também alterações morfológicas importantes, mas mantém-se unido à superfície 
do esmalte e embora as fibras gengivais sejam parcialmente destruídas, o seu limite conserva-se ainda íntegro.
Todas estas alterações caracterizam a gengivite.


                  Periodontite

Fig.2. Periodontite
Uma vez estabelecida a gengivite, pode manter-se como tal durante  dias, meses ou anos. Se não for tratada, com a eliminação bacteriana, a gengivite não cura espontâneamente.
Se for tratada, a sintomatologia desaparece e restabelecem-se as condições que existiam antes da doença sem sequelas.

No entanto, na maioria dos indivíduos, em muitos pontos do periodonto a gengivite transforma-se em periodontite, quando o infiltrado inflamatório gengival ultrapassa a barreira de defesa formada pelas fibras gengivais. A razão pela qual e
quando ocorre não pode ser determinada, mas podemos suspeitar de várias razões:
  • Aumento da virulência bacteriana;
  • Diminuição das defesas do hospedeiro;
  • Destruição mecânica, intencional ou não, ao nível da união dento-gengival (invasão do espaço biológico).

Fig.3. Evolução da Periodontite
                                  

Para que tenha início a doença periodontal, é necessário que existam bactérias. A maturação da placa leva à formação de cálculo, que é um material calcificado que se adere à superfície dentária e sendo considerado um fator etiológico indireto da doença periodontal, devido sobretudo à possibilidade de colonização de bactérias viáveis na sua superfície externa. Este fato, e não a existência do cálculo por si só, é o motivo pelo qual o tratamento da infeção periodontal exige a sua remoção. Existem outros fatores locais e sistêmicos que, embora também não sejam responsáveis diretos pelo início da doença periodontal, modificam a resposta dos tecidos periodontais face à presença da placa bacteriana e portanto devem ser levados em conta.

                  Bolsa Periodontal

Uma vez existindo infiltrado inflamatório no periodonto de suporte, ocorrem algumas alterações fundamentais. A mais importante, porque é a que caracteriza a periodontite, é a migração gengival com exposição da raiz, ocorrendo a destruição do ligamento periodontal e a destruição do osso alveolar, de tal forma que esse espaço é ocupado pelo tecido mole gengival inflamado,  formando-se a bolsa periodontal. A parede mole da bolsa é constituída por uma porção interna formada pelo aprofundamento patológico do sulco gengival  e por uma porção externa formada pelo epitélio queratinizado da gengiva.

Neste momento se for tratada a periodontite, eliminando a infecção, o avanço da doença é detido, mas não se recupera o suporte perdido durante o período em que a periodontite estava ativa.


                  Outros Fatores Etiológicos

Para que tenha início a doença periodontal, é necessário que existam bactérias. A maturação da placa leva à formação de cálculo, que é um material calcificado que se adere à superfície dentária e sendo considerado um fator etiológico indireto da doença periodontal, devido sobretudo à possibilidade de colonização de bactérias viáveis na sua superfície externa. Este fato, e não a existência do cálculo por si só, é o motivo pelo qual o tratamento da infecção periodontal exige a sua remoção. existem outros fatores locais e sistêmicos que, embora também não sejam responsáveis diretos pelo início da doença periodontal, modificam a resposta dos tecidos periodontais face à presença da placa bacteriana.

Fig.4. Alguns pacientes apresentam cálculo bastante acentuado

                 Fatores Locais

Devem incluir-se especialmente os fatores que surgem em consequência de tratamentos dentários incorretos, incluindo margens protéticas inadequadamente ajustadas , restos de cimento em localização sub-gengival, coroas e restaurações que invadem os espaços interproximais, ou seja, tudo aquilo que, por estar situado estrategicamente ao nível dento-gengival, constitua um fator irritativo, favorecendo o acumulo de cálculo e dificultando a sua eliminação.

A oclusão pode ser outro fator nos casos onde, num mesmo dente, existe simultaneamente periodontite ativa e trauma oclusal. Nestes casos a perda de suporte pode ser acelerada e podem surgir lesões ósseas verticais. As más oclusões, por outro lado, não causam gengivite nem periodontite, exceto em alguns casos onde o apinhamento dental dificulte sobremaneira a higiene. Em consequência, o tratamento ortodôntico deve ser indicado com o objetivo de prevenir o aparecimento de doença periodontal.

O fumo é um fator etiológico decisivo que afeta de forma muito significativa a evolução da periodontite. Tem uma ação local sobre a vascularização gengival, além de provocar efeitos tóxicos diretos sobre os tecidos. Afeta os mecanismos de defesa do hospedeiro, acelera a destruição óssea, aumenta o risco de retração gengival, especialmente em doentes com periodontite de evolução rápida.

                 Fatores Sistêmicos

Diferentes doenças e fatores sistêmicos atuam também indiretamente ao nível do periodonto, reduzindo as defesas do hospedeiro ou aumentando a virulência bacteriana, entre eles a diabetes.

Em consequência, as periodontites são infecções provocadas por bactérias de agressividade variável, no entanto a sua expressão clínica depende também de fatores ligados ao hospedeiro e ao meio ambiente.


                 Bibliografia

1. Löe H, Theilade E, Jensen SB. Experimental gingivis in man. Journal of Periodontology 1965; 36:177-187;
2. Breckx M. Histofisiología e histopatologia de la encía. Periodoncia 1933; 3:168-175;
3. Echeverría Garcia J.J., Echeverría Manau A. Manual de Periodontia. Ergon 2007; 16-23

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A Cárie de Mamadeira

Voltamos a falar sobre esse assunto, pois gerou muito interesse e muitas  dúvidas entre nossos clientes!!!!! Então vamos lá!!!!!



A cárie de mamadeira é uma doença que acomete os bebês e está relacionada principalmente à ingestão de líquidos açucarados durante a noite. Ou seja, aquela história de que não devemos dormir sem escovar os dentes também vale para os bebês.
Depois da mamada, o leite fica estagnado na boca da criança. Além disso, a salivação da criança diminui durante o sono. Esses fatores, associados a uma má higiene da boca, fazem com que a cárie se desenvolva muito rapidamente, causando grandes estragos nos dentes das crianças.

O melhor tratamento para as cáries de mamadeira é a prevenção, tendo em vista a dificuldade de tratar crianças em idades inferiores a 4 anos.

A prevenção deve ser feita através da higienização da boca da criança desde o nascimento do primeiro dentinho. A higienização deve ser feita com o uso de gazes (preferencialmente estéreis) e água (filtrada ou mineral).

Toda hora após a amamentação deve-se fazer a limpeza da boca da criança com a gaze úmida. O acompanhamento pelo dentista pediatra também ajuda a prevenir tais patologias , e este deve ser feito o mais cedo o possível.

Após a cárie de mamadeira ter se instalado, ela geralmente apresenta um curso acelerado e doloroso para a criança.
Esta rapidez com que este tipo de cárie se instala e progride é resultado da não higienização da boca da criança e do surgimento dos primeiros dentes, que acabam alterando física, química e bioquimicamente o meio bucal.

Com o surgimento dos dentes as bactérias que têm capacidade de aderência ao esmalte dental, começam a proliferar; a mudança dos microorganismos presentes na cavidade oral e a maior dificuldade de limpeza por parte dos mecanismos naturais de limpeza (língua, saliva, etc) devido a erupção dos dentes; e outros fatores levam a uma série de reações (dentre elas mudança do PH oral), que contribuem para que esta doença se manifeste de forma tão agressiva.

Os mecanismos desta doença são complexos. Com relação ao tratamento,  existe e tem que ser feito o quanto antes , para alívio do sofrimento da criança, antes que esta comece a emagrecer, desanimar, chorar ( sem motivo aparente), etc..

O primeiro passo é procurar um dentista (odontopediatra ou clínico que esteja habituado a lidar com crianças) ou uma faculdade mais próxima.

Depois o dentista vai examinar o caso e se constatado que se trata realmente desta patologia, ele dará seqüência com o procedimento mais adequado, que pode variar desde a adequação do meio e posterior restauração (diminuindo a carga de contaminantes, aumentando o PH intra-oral, tirando a criança da fase aguda da doença, diminuindo a sensibilidade dolorosa, etc.). Nesta etapa é feita a aplicação de substâncias como flúor, clorexidina e outras e da restauração provisória dos dentes com material do tipo ionômero de vidro (pela sua facilidade de execução e capacidade de receber recarga e liberar flúor).

O tratamento é complexo e demorado, no entanto a parte mais difícil é com relação à própria criança (que geralmente não colabora, devido à idade) e à sintomatologia que a criança esta passando, pois se é difícil para o dentista fazer o tratamento em uma criança saudável, imagine em uma criança que está com dor.

Por isso devemos procurar um bom profissional, que esteja qualificado para dar seqüência ao tratamento. Em casos extremos de não aceitação por parte da criança, podemos levá-la a um centro cirúrgico e fazermos o tratamento sob anestesia geral.

O primeiro passo é ficarmos calmos e levarmos a criança o mais r
ápido possível para o dentista. Pois a demora pode levar a criança a quadro de abcessos e infecções graves que podem levar o paciente a óbito, se não corretamente tratados.