sexta-feira, 29 de julho de 2011

Bruxismo



Quem nunca acordou com dores na mandíbula ao abrir e fechar a boca ou começou a perceber que seus dentes estavam com pequenas rachaduras. E tudo isso sem causa aparente?
E quem nunca se viu pensativo ou mesmo preocupado e começou, de forma involuntária, a apertar de tal forma os dentes que fez mexer os músculos da mandíbula tão forte, e só parou quando começou a sentir dor?

O nome disso é bruxismo, um transtorno do sono encontrado em boa parte da população e que pode estar associado a períodos de estresse ou a traços de personalidade.

Apesar de ser mais frequente durante o sono, também pode ocorrer durante a vigília, geralmente relacionado à tensão do dia a dia. Existe também o bruxismo fisiológico, um problema comum e que desaparece com o tempo. "Porém, se torna preocupante quando começa a afetar a qualidade de vida da pessoa".
Quem pode ter bruxismo?

Até 20% da população têm bruxismo do sono pelo menos duas vezes por semana. E este distúrbio está presente muito mais em crianças do que em adultos (de 10% a 20% das crianças; 8% dos adultos; e 3% dos idosos são acometidos por este mal), contudo não podemos falar em predominância relacionada ao gênero.

Algumas doenças, como Parkinson, paralisia cerebral, AVC, ou outros distúrbios do sono, como a apneia, também podem ter o bruxismo como um sintoma associado. Além disso, alguns medicamentos podem provocar este transtorno involuntário e inconsciente de movimento, que é caracterizado pelo excessivo apertar e ranger de dentes durante o sono.

Fatores que incomodam

São várias as consequências físicas que uma pessoa com bruxismo frequente pode ter, entre elas estão desgaste anormal dos dentes; desconforto, fadiga e dor na musculatura ao abrir e fechar a boca; limitação da abertura da boca; hipertrofia do masseter (músculo da mastigação); ferimentos na língua; e até doenças periodontais. Pessoas que sofrem deste mal, geralmente, acordam com dores de cabeça, hipersensibilidade nos dentes, sonolência excessiva e até mesmo fadiga.

Como diagnosticar?

Geralmente acontece na consulta odontológica , mas é preciso ter consciência que nem sempre apenas a intervenção do dentista é suficiente para solucionar um problema que é ,sem dúvida nenhuma , multifatorial.
Segundo o neurologista  Dr. Leonardo Goulart  - "O diagnóstico geralmente é feito depois que surgem algumas complicações. Para tanto, é necessária uma avaliação criteriosa com especialista em medicina do sono e, muitas vezes, uma polissonografia – ou exame do sono – com monitorização da musculatura mastigatória".
Formas de tratamento

Dependendo das causas do bruxismo e dos tipos de problemas que afetam a qualidade de vida do indivíduo, várias formas de tratamento podem ser combinadas para que este distúrbio cesse ou seja pelo menos amenizado.

Algumas modalidades de tratamento são: medidas comportamentais como aderir a uma alimentação menos pesada durante a noite, evitar o uso de bebidas alcoólicas, substâncias estimulantes e cigarro, psicoterapia, terapias cognitivo-comportamental, técnicas de relaxamento, biofeedback e medicações e tratamento odontológico reparador ou preventivo.

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